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Xiconhoquices da semana: Derrota dos Mambas; Reforço das FADM e FIR em Gorongosa; Repreciação de mordomias próprias pelos deputados

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Derrota dos Mambas em casa

A selecção moçambicana de futebol, os Mambas, perdeu por uma bola sem resposta sem solo pátrio diante da sua congénere da Zâmbia, em partida da penúltima jornada de qualificação para o Campeonato Africano das Nações (CAN) a ter lugar em 2015, no Guiné Equatorial. Devido à referida derrota, o combinado nacional ficou em terra porque na última jornada empatou a um golo com o Níger.

Nem para esta equipa, considerada frouxa, o veneno dos Mambas foi suficientemente letal. O resultado, segundo os nossos leitores, foi o fim do sonho do povo moçambicano de ver o combinado nacional presente na competição máxima do continente africano em futebol. Todas as oportunidades foram efectivamente desperdiçadas. Por exemplo, na segunda parte do jogo contra a Zâmbia, Dominguez não conseguiu marcar um penálti.

De “menino maravilha” tornou-se “das dores” porque rematou para o centro da baliza, onde se encontrava (defendeu a bola) o guarda-redes Nweene, que é também seu companheiro no Mamelodi Sundowns da África do Sul. A vitória dos “Chipolopolos” confirmou a sua superioridade diante dos Mambas. Terminámos a pretensão de ir ao CAN com seis pontos apenas.

Reforço das FADM e FIR em Gorongosa

A Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, acusa o Governo de estar a violar o acordo entre ambos com vista ao fim das hostilidades no país, sobretudo, na região centro. Em causa está a movimentação de tropas nas zonas de conflito nas províncias de Tete, Manica, Sofala e Zambézia alegadamente para reforçar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR).

Ninguém está a perceber qual é a finalidade destas manobras que geram desconfiança. Saimone Macuiana, chefe da delegação da Renamo no diálogo político, que está encalhado há semanas, apelou para a necessidade de se trabalhar em conjunto em prol da paz.

Ele lembrou que, de acordo com os termos do memorando de entendimento, o processo de supervisão nas zonas de conflitos deve ser efectuado em conjunto pelas duas delegações. Mas o que acontece é que, por exemplo, o vice-ministro do Interior, José Mandra, dirigiu-se a Santhundjira na companhia de alguns membros do Governo e militares para supostamente anunciar a prontidão combativa das forças governamentais.

Repreciação de mordomias próprias pelos deputados

O Parlamento vai reunir-se a partir de 26 de Novembro corrente para, entre outras matérias consideradas “urgentes”, aprovar o estatuto do líder da oposição – no caso concreto Afonso Dhlakama – e rever as leis que estabelecem mordomias para os deputados e Chefes de Estado em Moçambique.

A Lei do Estatuto, Segurança e Previdência do Deputado e a que estabelece os Direitos e Deveres do Presidente da República em Exercício e após a Cessação de Funções foram devolvidas à Assembleia da República pelo Estadista moçambicano para reapreciação. O Estatuto do Deputado, aprovado em Abril deste ano, estabelece regalias “chorudas” para os deputados da chamada “casa do povo” e, segundo os próprios deputados, visava conferir “dignidade” aos antigos e actuais parlamentares.

A Lei do Estatuto, Segurança e Previdência do Deputado visa, na verdade, engordar cada vez mais um punhado de gente que não cumpre o papel que lhe compete em prol dos moçambicanos. Esperamos que, tal como no passado, a sociedade civil mova céus e terra para que esta ambição dos nossos deputados não tenha condições para se materializar.

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