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Xiconhoquices da semana: Cortes no Orçamento do Estado para Agricultura; Visita presidencial ao MISAU; Heliporto no BM

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Cortes no Orçamento do Estado para Agricultura

Definitivamente, como uma nação não passamos de um bando de incoerentes que não sabem o que pretendem e, depois, nos questionamos o porquê de ainda continuarmos um dos países mais pobre do mundo. Todos os dias, enchemos a boca para cantar que a agricultura é a base de desenvolvimento do país, mas pouco ou quase nada é feito para que isso se concretize. Pelo contrário, o Governo da Frelimo tem empurrado, a cada ano, a agricultura para o último plano. O Presidente da República, Filipe Nyusi, no seu discurso, tem dito que elegeu a agricultura como sector prioritário para combater à pobreza absoluta. Na verdade, essa intenção não passa de mera politiquice, pois o Orçamento do Estado tem mostrado que tem havido corte sistemático nessa compenente, ou seja, não existe nenhuma vontade política para fazer da agricultura a base de desenvolvimento de Moçambique.

Visita presidencial ao MISAU

As visitas do Presidente da República, Filipe Nyusi, às instituições públicas e/ ou de Estado continuam a ser cosméticas, ou melhor trata-se apenas de uma visita presidencial para a Imprensa ver e reportar, pois não traz nada de novo. Desta vez, o Chefe de Estado visitou o Ministério da Saúde (MISAU), tendo começado pelo Armazém da Central de Medicamentos e Artigos Médicos, tendo terminado no Hospital Central de Maputo. Como sempre, o Presidente da República voltou a chover no molhado, ou seja, descobriu o que todos nós já sabemos: os problemas que há décadas enfermam aquele instituição que velam pela saúde dos moçambicanos. O mais caricato é que Nyusi se surpreendeu com as condições que encontrou. Ou o Chefe de Estado é desantento ou anda fingir que os problemas que aquele ministério enfrenta são resultados da má governação da sua equipa, pois, ao invés de construir hospitais e comprar medicamentos, o seu Governo cortou o orçamento para pagar dívidas ilegais.

Heliporto no BM

A incompetência, mesclada com insensatez e o espírito de corrupção, dos dirigentes moçambicanos é de bradar aos céus. Num processo pouco claro, o Banco de Moçambique decidiu construir um heliporto no novo e milionário edifício daquela instituição, não obstante tenha recebido aprovação do Instituto da Aviação Civil de Moçambique (IACM). O mais preocupante não é apenas o secretismo e a falta de transparência em torno da construção da nova sede do Banco Central, mas o facto de, apesar de ter passado mais do que o dobro do prazo inicialmente estabelecid, foi descoberto que foi também edificado um espaço para a acomodação de um helicóptero cujo custo não é público, não se sabe se está incluído no orçamento inicial ou foi uma extravagância da antiga administração liderada por Ernesto Gove. Definitivamente, este não é um país, mas sim um covil de abutres que sobrevivem à custa do sofrimento dos moçambicanos.

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