Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Contentor com toneladas de marfim para Vietname
Há histórias que nem um recém-nascido acreditaria se o contássemos. É o caso do marfim apreendido em Vietname. Ou sejas, as autoridades alfandegárias no porto de Tan Vu, no Vietname, apreenderam no final do mês de Novembro um contentor contendo 2,2 toneladas de marfins traficados a partir de Moçambique. É estranho como esse contentor saiu do país sem que as autoridades locais se tenham apercebido. Afirma-se que o referido contentor chegou ao porto no passado dia 29 de Novembro e trazia um manifesto indicando transportar 380 pacotes de feijão, porém, após investigações dos agentes alfandegários, concluiu-se que a empresa local destinatária não possui qualquer tipo de relação comercial com a empresa moçambicana que fez o despacho, que não foi identificada. Enfim, é mais uma prova de que não há vontade política para acabar com a matança de elefantes!
Apagão no Centro e Norte
Já é recorrente os cortes no fornecimento de energia eléctrica, principalmente no Norte e Centro do país, por parte da empresa Electricidade de Moçambique (EDM). Aliás, não há registo de EDM ter prestado um bom serviço aos seus milhares de clientes. Na última segunda-feira (21), as províncias do Centro e o Norte de Moçambique ficaram às escuras. A empresa justificou a situação afirmando que o facto se deveu a um problema registado na subestação eléctrica do Songo, localizada no distrito de Cahora Bassa, na província de Tete. O apagão prolongou-se até a manhã de terça-feira (23) nas províncias de Manica e Sofala. Num comunicado emitido pela EDM refere que houve uma explosão de um pólo disjuntor, mas não avança qual a causa da explosão e nem se continuarão a existir cortes de energia ou se haverá restrições no fornecimento de electricidade aos cerca de 350 mil consumidores que existem no Centro e Norte de Moçambique. É a mesma Xiconhoquice de sempre!
Linchamento de Sousa Matola (membro do MDM em Tete)
É preocupante o nível de intolerância política que se verifica um pouco por todo o país. Na maioria dos casos essa intolência política que se manifesta em agressões físicas e destruição de infra-estruturas é protagonizada pelos membros do partido Frelimo com a cumplicidade das autoridades policiais. Recentemente, o caso de linchamento de um antigo chefe de informação do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na delegação política da cidade de Tete, chocou o país. Trata-se de Sousa Matola, que foi espancado com recurso a instrumentos contundentes e, posteriormente, viria a ser regado o corpo todo com gasolina e ateado fogo. Assim vai a nossa pobre e doentia democracia, infelizmente.