Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Cabala contra o embaixador dos EUA e líderes da oposição
A Rádio Moçambique (RM) pontapeou os seus estatutos e recorreu a uma fonte anónima para veicular uma informação segundo a qual o embaixador dos Estados Unidos da América (EUA), Douglas Griffiths, manteve um encontro com os presidentes Afonso Dhlakama e Daviz Simango, dos partidos Renamo e MDM, respectivamente, com o intuito de lhes instruir no sentido de não aceitarem os resultados das eleições de 15 de Outubro passado por causa das irregularidades de que o processo está prenhe. À velocidade de uma tempestade, a RM, que que devia prestar um serviço público isento e comprometido com a formação dos moçambicanos, disse que Douglas Griffiths instigou a Renamo a desencadearem manifestações em repúdio aos resultados eleitorais. Sem misericórdia, a tal rádio ofendeu o visado e o Governo americano ao acusá-los de tentativa de conspiração que só existia nas cabeças ocas dos seus gestores. Consequentemente, o Governo moçambicano e todos nós ficámos mal na fotografia. Estão a ver, agora, onde chegamos por causa do “escovismo” de Emílio Manhique e de Gustavo Mavie?
Desorganização da CNE e do STAE
De que problemas e trapaças ainda saberemos sobre os resultados das últimas eleições? Depois do festival de irregularidades e batotas que todos acompanhámos, eis que sem nenhuma explicação, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) retirou 26 mil votos da província da Zambézia. O total de votos válidos para os três candidatos presidenciais anunciados antes de requalificação dos votos nulos registou uma redução de 26.313 votos em relação aos declarados pela Comissão Provincial de Eleições da Zambézia (CPE). Em todo o processo, 500 mil votos foram considerados nulos. Este processo foi marcado por uma desorganização sem precedentes à semelhança do que aconteceu nas eleições autárquicas no Gurúè, onde pessoas aproveitarem-se da confusão no apuramento distrital para colocar editais falsos no sistema. O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) não ficou atrás e quis também fazer passar o seu desalinho, alegando que a emissão de credenciais para gente capaz de detectar as irregularidades no processo deveu- -se à falta de pessoal.
Espectáculo no Parque dos Continuadores
No passado sábado, a Banda Kakana comemorou o décimo ano da sua existência, no Parque dos Continuadores, em Maputo. O evento devia começar às 19h00 mas por causa da desorganização de algumas pessoas iniciou por volta das 21h00. Assim, o espectáculo foi de tal sorte amargo como a planta comestível que se assemelha ao nome da banda. Este tipo de xiconhoquice é inadmissível, sobretudo porque, como se diz na gíria popular, “o tempo é dinheiro”. É, de facto, uma situação constrangedora que demonstra falta de respeito para as pessoas que afluíram em massa àquela recinto desportivo transformado ultimamente em local de espectáculos musicais. Aliás, o Instituto Nacional de Desporto (INADE) interditou aquele lugar para o uso de atletas de alto rendimento para salvaguardar a integridade física dos atletas devido ao estado avançado de degradação da pista de tartã. Passou-se a realizar espectáculos, o que mais tarde também passou a ser proibido porque o local ficaria cada vez mais degradado. Contudo, as autoridades continuam a fazer vista grossa à medida de não realização de espectáculos musicais ali.