Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Aumento do preço da água
Tal como no aumento da energia eléctrica, sem avisar ao povo o Governo de Filipe Jacinto Nyusi decidiu aumentar o preço da água potável em Moçambique desde o passado dia 1 de Outubro. O aumento é diferenciado, em função do consumo mensal de cada cliente e da sua localização. Não houve comunicado público seja do Governo ou do Conselho de Regulação de Águas (CRA). A decisão (leia-se a Xiconhoquice) foi tomada a 15 de Julho de 2015, pela plenária do órgão que regula o sector de Águas, e expressa em resolução do referido órgão e que foi publicada em Boletim da República. A justificação, que se pode ler num comunicado do CRA datada do 9 de Novembro, é deveras estapafúrdia. Ou seja, a desculpa usada é de que se pretende “recuperar parcialmente os efeitos da inflação acumulada de três anos (aumento anterior aconteceu em 2012) e outros factores, que afectam a estrutura de custos dos sistemas, e melhorar a capacidade de geração de receitas”.
Preço baixo pago pela multinacional DADTCO
A exploração de homem pelo homem ainda continua nos dias de hoje, sobretudo no nosso país. A título de exemplo, a empresa DADTCO, contratada para o fornecimento de mandioca usada para o fabrico da cerveja Impala, tem vindo a praticar preços baixos, lesando centenas de camponeses que dependem daquela actividade para sobreviverem. Devido à essa situação, um número considerável de camponeses do posto administrativo de Namigonha, no distrito de Ribáuè, província de Nampula, integrado no projecto de fomento de mandioca, para abastecer a Cervejas de Moçambique (CDM), está a abandonar a produção deste tubérculo. Até quando a escravidão continuará a imperar em Moçambique?