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Xiconhoquices da semana: Apoio presidencial ao Moçambola; Importação de cerveja; Diálogo para paz

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Apoio presidencial ao Moçambola

São evidentes os motivos do apoio presidencial ao desporto que menos alegrias traz aos moçambicanos é aquele que mais praticantes e aficionados movimenta que representam votos importantes em ano de Eleições Gerais que serão muito renhidas para o partido Frelimo manter-se no poder. No ano passado tinham sido 30 milhões, ano de Eleições Autárquicas de 2018, que o Presidente Filipe Nyusi arranjou para o Moçambola e este ano são outros 60 milhões de Meticais. A xiconhoquices é que são muitas dezenas de milhões a mais do que recebem os reis do voleibol ou vela no nosso continente, que são moçambicanos, ou mesmo os campeões mundiais de salto a corda. O critério é único o populismo que faz parte da política do futebol e cerveja para manter o povo fora dos assuntos importantes do desenvolvimento.

Importação de cerveja

Que a cerveja é um único produto cujo preço é imune a crise não é novidade. Argumentam as cervejeiras e os políticos que além do prazer o produto emprega muitos moçambicanos, directa e indirectamente, além de ter uma cadeia de valor que supostamente impulsiona a agricultura, tirando algum milho dos pratos onde mataria a fome para os copos e garrafas, onde não mata a sede mas mata nas estradas, gera muitos milhões em impostos. Mas a xiconhoquice é que desde há vários meses a Cervejas de Moçambique e a Heineken passaram a importar cada vez mais produtos o que custa divisas que pressionam a deficitária Balança de Pagamentos do nosso país e contribuir para a depreciação do Metical…que esta semana ultrapassou dos 65 Meticais por Dólar!

Diálogo para paz

É comum a referência aos chineses quando se fala em paciência mas os moçambicanos também são um povo muito paciente particularmente no que a paz diz respeito. Em 40 anos já tivemos dois acordos de paz, após anos de diálogos infindáveis, e agora acompanhamos pacientemente a mais outra série de diálogos entre os partidos Frelimo e Renamo. O propagandeado Memorando de entendimento sobre os assuntos militares que tem um roteiro e alguns passos determinantes para o desarmamento, desmobilização e reintegração dos guerrilheiros da Renamo já está fora do prazo, afinal estipulava que neste mês de Abril tudo estaria consumado e a assinatura do terceiro acordo de paz seria apenas uma formalidade. A xiconhoquice é que o diálogo de líderes transformou-se em monólogos pelos medias!

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