1. A interrupção dos Serviços de Transporte:
No fim da tarde de terça-feira, a província de Maputo foi assolada por uma tempestade que se repercutiu em chuvas torrenciais, ventos fortes e trovoada. Foi um mau tempo que durou cerca de duas horas e meia, mas suficiente para paralisar a capital de um país que se viu durante esse período sem luz eléctrica, com abastecimento de água interrompido e, só para variar, sem o serviço público de transporte.
Esta última situação, que acontece pela primeira vez na história da independência do país, ao que o @Verdade apurou, após recomendação dos leitores, foi engendrada através de uma mensagem telefónica enviada pelo responsável da área do Tráfego da Empresa Municipal do Transporte Urbano da Cidade de Maputo (EMTPM) a todos os motoristas que naquela hora se encontravam a trabalhar.A mensagem era clara: recolher todos os autocarros ao parque dos TPM, alegadamente porque o mau tempo podia gerar muitos problemas de trânsito.
Porém, quando eram cerca de20h23 minutos, a normalidade voltou a tomar conta da capital do país, restando apenas vestígios de ter caído sobre ela uma chuva torrencial. A empresa, insensível aos problemas do povo, não emitiu ordem para que a frota voltasse a circular de modo a socorrer as pessoas que estavam “penduradas” desde as 18h.
Resultado: cidadãos dormiram nos seus escritórios; outros caminharam longas distâncias para regressar às suas casas; outros ainda, sem nenhum exagero, dormiram debaixo dos prédios, entregues à sorte do mundo, enquanto David Simango e Paulo Zucula dormiam sossegadamente ao lado das duas belas esposas, sem se preocuparem com a ralé.
2. Subida da tarifa de transporte na Matola:
Maputo terá nova tarifa de transporte público e semicolectivo. A decisão foi aprovada pela Assembleia Municipal da Cidade de Maputo, especificamente pela bancada do partido FRELIMO, ou seja, foi este o partido que idealizou, escreveu e aprovou uma medida que determina que o povo deve pagar mais pelo transporte.
A nova tabela, aprovada por aquela bancada maioritária junto daquele órgão deliberativo, estabelece o aumento de 5 para 7 e de 7.5 para 9 meticais.
Porém, o que os nossos leitores não percebem é como é que esta nova tarifa é também aplicada às rotas dentro da cidade de Matola, uma vez que se trata de um outro município. Ademais, em nenhum momento Arão Nhacale apareceu para explicar sobre o assunto, facto que contribui para um estado inequívoco e claro de suprema anarquia naquela urbe.
Para o entendimento do leitor, a assembleia que aprovou a subida do preço é da cidade de Maputo e não o da Matola. Por isso, convém a este Xiconhoca com apelido Nhacale agir antes que seja tarde, porque o povo não aguentará muito tempo. Mas, enfim, é assim como as coisas funcionam em sítios sem governo, escreveu um leitor ao @Verdade.
3. A novela “sequestro e Assassinato” da STV:
A Soico Televisão (TV) conhecida também pelo adjectivo de escandalosa, capitalizou a audiência televisiva com o seu telejornal que por dias insistiu num assunto referente a uma cidadã que terá forjado um plano de sequestro e de suposto assassinato do seu próprio marido, por sinal, um quadro sénior da empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) e responsável pela Área Comercial.
Porém, a referida reportagem da escandalosa deixou muito a desejar e trouxe muitas zonas de penumbra, o que, segundo os nossos leitores, demonstra que tudo não passou de um plano do funcionário sénior da EDM de manchar o nome da sua mulher, usando estranhamente aquele canal televisivo privado. Ou seja, foi uma reportagem encomendada, dado o histórico que existe entre o casal. Consta que o marido, depois de escorraçar a mulher de casa, foi condenado pelo tribunal a recebê-la de volta.
Segundo os leitores, a STV caiu no ridículo ao ter permitido ser instrumentalizada e, daí, confundir a opinião. É que, por exemplo, aquele órgão nem sequer ouviu as partes envolvidas no caso que muito bem podiam ajudar a esclarecer o assunto, para além de colocar palavras na boca da referida cidadã ao veicular que ela tinha a intenção de assassinar o marido, contrariando a gravação de voz por eles trazida onde ela falava abertamente de sequestro.
E o tiro do sensacionalismo saiu pela culatra da “onde a gente se vê”.