Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:
UIR e GOE
A Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e o Grupo Operativo Especial (GOE) são Xiconhocas por excelência. Não é que, sem nenhum mandado, estas forças especiais da Polícia da República de Moçambique (PRM) invadiram a casa do líder da Renamo, num bairro das Palmeiras na cidade da Beira, e prenderam guardas do partido de oposição. A invasão da casa de Afonso Dhlakama aconteceu um dia depois de ter reaparecido na serra da Gorongosa, ao fim de quase duas semanas em lugar incerto. A atitude da Polícia mostra claramente que o Governo não está preocupado em manter a paz.
José Rodolfo
O inspector-geral das Actividades Económicas no Ministério da Indústria e Comércio, José Rodolfo, não cabe em nenhum rótulo para além da coroa de Xiconhoca da Semana. Além de se sustentar em desculpas esfarrapadas para justificar o aumento do preço do pão, veio a público informar que agora é que se vai começar com a inspecção do peso do pão. O Xiconhoca esqueceu-se de que há cinco anos que o peso do pão reduziu, não obstante a existência de um regulamento desde 2013.
José Sende e condenados por desvio de fundos no Ministério da Educação
Há certos indivíduos que acham que o Estado é uma vaca leiteira. Mas para alguns deles a sorte foi outra. Oito réus envolvidos no desvio de fundos no Ministério da Educação (MINED) acabaram por se condenados pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, a penas que variam entre 1 e 20 anos de prisão maior, quatro dos quais recolherem à cadeia e os restantes saíram em liberdade após ver as suas penas convertidas em multa. Porém, como “não há bela sem senão”, José Sende, o então director da Direcção de Processamento de Salários do ministério, considerado um dos cabecilhas do esquema fraudulento pela acusação, acabou por não ser julgado pois está foragido. Há gato nessa mata!