Os nossos leitores elegeram os seguintes xiconhocas na semana finda:
Sónia Horácio Dzimba
Uma compatriota que responde pelo nome de Sónia Horácio Dzimba, chefe de operações no Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), na cidade da Beira, foi recolhida aos calabouços sob a acusação de falsificar os editais que deveriam ser apresentados à Comissão Provincial de Eleições em Sofala. Recorrendo às suas funções, que lhe permitiam ter acesso aos editais, a senhora pretendia favorecer o partido no poder.
Ao perceber-se de que alguns editais originais não existiam, Sónia não se fez de rogada, prontificando-se a “pari-los”. Mas na altura em que se verificavam os resultados, os vogais do MDM e da Renamo constaram que houve trafulhices sobre os votos com o intuito de prejudicar os partidos da oposição mais votados. Que a mão dura da Justiça se faça valer sobre Sónia.
Bang
O empresário Adelson Mourinho, mais conhecido por Bang, e dono da conceituada agência de produção e promoção de música, a Bang Entretenimento, subiu, pelos piores motivos, ao pódio dos xicos, em resultado de ter promovido um espectáculo que não iniciou na hora prevista e, sobretudo, por ter submetido as pessoas que compraram bilhetes, para ver o artista angolano Anselmo Ralph a actuar, a um sofrimento sem precedentes.
Os nossos leitores contam que o show que estava previsto para começar às 20h00 teve lugar por volta das 02h00 de madrugada. E mais: o Jay-Z moçambicano (alcunha com que Bang é também conhecido na praça), ainda de cordo com nossos leitores, realizou o espectáculo num lugar com as casas de banho em condições deveras péssimas. A vergonha repete-se em quase todos os seus eventos.
Observadores Eleitorais
Dias depois das eleições de 15 de Outubro em curso, um grupo de observadores eleitorais, que cobre um número insignificante dos distritos e localidades do território moçambicano, ignorou os problemas que caraterizam o processo de votação e, descaradamente, veio a público dizer que o escrutínio decorreu de forma ordeira e pacífica.
Volvidos alguns dias, os mesmos observadores, que se esperava que fossem isentos, imparciais e coerentes, mudaram de discurso e tom: já se queixavam de lentidão que se verifica na contagem e apuramento de votos.
Com este tipo de comportamento, à mistura com o hábito de ver problemas e não denunciá-los por pretenso medo do regime, Moçambique não vai progredir e a democracia está tremendamente beliscada. Segundo os nossos leitores, o país não precisa de observadores como estes.