Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:
1. Paulo Zucula
O Ministério dos Transportes e Comunicações atingiu, “há séculos”, o limite do que podemos chamar de incapacidade para criar um sistema de transportes que sirva os moçambicanos. Numa carreira de autodestruição, o ministério tutelado por Paulo Zucula arrasta os moçambicanos para a lama, desde as vias de acesso aos veículos que transportam moçambicanos como gado.
A ciência e a técnica foram literalmente substituídas pelo acaso, pelo fortuito, numa calamitosa sucessão de equívocos que transforma Zucula num autêntico Xiconhoca. Numa atitude atávica, o Xiconhoca, na esteira da cultura bantu dos coitadinhos, canta os prejuízos, ignorando de todo em todo as evitáveis causas dos mesmos.
2. Luísa Consula
Existem determinados acontecimentos que só adquirem esta qualidade por força de circunstâncias que lhes são completamente alheias. Do género de que por si só não acontecem, apenas empurrados por uma associação de factores acabam por se assumir.
De facto, o caso dos membros da Frelimo na Comissão Provincial de Eleições na Zambézia não fosse a insistência da imprensa local, sindicatos e leitores atentos relatando a dimensão da falcatrua permaneceria no segredo dos diabos. A Comissão Nacional de Eleições é liderada por um Xiconhoca. A Comissão Provincial de Eleições, pelo menos na Zambézia, conta com uma Xiconhoca. Assim se faz política no país da democracia cor-de-rosa…
3. Leopoldo da Costa
A primeira declaração pública do presidente da Comissão Nacional de Eleições e candidato à sua própria sucessão, Leopoldo da Costa, em face da polémica envolvendo o seu nome, aponta para o sentido de que não haverá, da sua parte, o mínimo de bom senso.
Quando Leopoldo diz que faz parte da sociedade civil e que foi proposto pela Organização Nacional de Professores mente como só um Xiconhoca o pode fazer. No mínimo, este anúncio concludente reflecte arrogância sem enquadramento mesmo nas mentes mais torpes.
A razão de ser deste ponto de vista, que ora lançamos, resulta de que mesmo por via do senso comum e da boa educação a que todos somos obrigados, o assunto deveria ser apresentado com melhores fundamentos, capazes de, pelo menos, criar a convicção de algo que os moçambicanos, ainda que inconsolados, haveriam de aceitar. Xiconhoca.