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Xiconhoca da semana: Carmelita Namachulua; Conselho Nacional da Remamo; Gabinete de Combate à Corrupção

Xiconhoca da semana: Mulher que trancou as filhas em casa e ateou fogo; Jorge Khalau prometeu...

Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:

Carmelita Namachulua

Num altura em que a provincia da Sofala está em chamas devido à guerra resultante do desacordo entre o Governo e a Renamo, a ministra da Administração Estatal (MAE), Carmelita Namachulua, aparece em público e prepara mais uma fogueira. É que depois de o seu confrade José Tsambe ter acalmado os beirenses, eis que a governante anuncia que houve um engano: Beira será, sim, dividida porque o Executivo tem essa prerrogativa. Os leitores não tiveram outra escolha senão atribuir o grau de xiconhoca a esta senhora. E veio mesmo a calhar porque se não pôde ser condecorada pelo Chefe de Estado no dia 25 de Junho, pelo menos não ficou igual àqueles que na mesma data passaram despercebidos. Xiconhoca!

Conselho Nacional da Remamo

Não basta andarem aos tiros e fazerem o povo sofrer. Os xiconhocas da Perdiz, cujo líder não abandona a vida selvagem, decidiram reunir-se na cidade da Beira para fingir que estão a trabalhar em prol da Democracia e para o bem do povo. Fora os desarranjos a que esta formação política já nos habituou, algumas pessoas tomaram uma decisão de bradar aos céus ao autorizarem o xiconhoca-mor, Afonso Dhlakama, a dividir a nação a partir do centro. Apesar de reconhecermos o ambiente conturbado que se vive, não queremos seguir o exemplo da Coreia e do Sudão, nem de nenhum outro país em que se repartiu o seu território para formar nações diferentes sendo uma só. Lembramos aos xiconhocas que somos unos e indivisíveis.

Gabinete de Combate à Corrupção inocenta Pacheco e Mandlate

Quando num país a justiça é feita em função das afinidades político-partidárias e pensando nos umbigos de quem é o garante da conformidade com o Direito, a única coisa que resta é transformar chupistas em pessoas imaculadas. Eis que, na semana passada, um Gabinete de Combate à Corrupção achou que devia declarar inocentes dois xiconhocas que até aqui eram acusados de saque de madeira para enriquecimento ilícito e pessoal. Então digam-nos: para onde foi a madeira que saiu do país dos senhores Tomás Mandlate e José Pacheco, respectivamente antigo e actual ministros da Agricultura? É absurdo e inconcebível defender xiconhocas num país onde, apesar da abundância da madeira, as crianças assistem às aulas sentadas no chão.

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