Os nossos leitores elegeram os seguintes xiconhocas na semana finda:
Britalar
Depois de, há meses, três laboratórios independentes terem afirmado que até os leigos podem verificar que a construtora Britalar, responsável pela reconstrução de um troço da Avenida Julius Nyerere, destruído pelas enxurradas do ano 2000, na cidade de Maputo, usou material de má qualidade para reabilitar a via, esta firma portuguesa diz que decidiu “congelar” as obras e relaxar as máquinas até que a edilidade pague uma dívida resultante da empreitada.
Uma tal engenheira não avança o valor do alegado encargo financeiro mas acrescenta que a Britalar está desde Janeiro a usar fundos próprios para o prosseguimento dos trabalhos de reabilitação daquela estrada. Esta é uma atitude própria de xicos. O município que não proceda a nenhum pagamento antes de a construtora resolver o problema de má qualidade.
Família de Samuel Ambasse
Está a ser difícil evitar sentir repulsa, tristeza e indignação em relação às pessoas que abusam sexualmente das suas filhas, sobrinhas, enteadas, vizinhas, sobretudo quando se trata de crianças.
E não se compreende como é que um cidadão de 49 anos de idade, identificado pelo nome de Samuel Ambasse, confessa às estruturas da zona onde vive e à sua família que violou sexualmente a sua sobrinha de 13 anos de idade, órfã de pais, numa madrugada, no bairro de Hulene “B”, em Maputo, e nada lhe acontece, alegadamente porque os parentes têm o receio de cair descrédito no bairro. Com todo o desprezo do mundo, é preciso denunciar este tipo de crimes repugnantes para prevenir danos morais nas vítimas.
Uma família que consente conviver com um violador, principalmente confesso, não é apenas cúmplice, é também promotora desta indecência e cria condições para que a vítima não recupere do mesmo mal.
Nini Satar
Um dos mais mediáticos compatriotas por envolvimento no assassinato do jornalista Carlos Cardoso tem estado a conceder entrevistas de “lavagem de imagem” a alguns órgãos de comunicação social. Eis que numa das suas declarações afirmou que tem dinheiro para “duas gerações”.
Definitivamente, Nini Satar, em liberdade condicional ora contestada pelo Ministério Público, deve ter perdido o juízo durante os 13 anos em que ficou enclausurado; por isso, fala sem medir o alcance do que diz ou, talvez, não tem a noção do sentido das próprias palavras.
Este cidadão sabe o que é uma geração? A família de Carlos Cardoso está à espera de ser indemnizada há anos. E que tal se Nini usasse uma parte do dinheiro que guarda para as suas “duas gerações” para recompensar os parentes de Cardoso?