Os nossos leitores elegeram os seguintes xiconhocas na semana finda:
Armando Guebuza
Armando Guebuza, Presidente da República de Moçambique, que está a cumprir o segundo mandato de governação, diz que “na essência”, não tem nenhuma dúvida de que fez “o máximo daquilo que podia” para deixar um legado.
“E esse máximo não representa tudo o que povo quer, porque queremos sempre mais. Sinto-me por isso perfeitamente realizado”. Contudo, os nossos leitores enviaram várias vezes o nome do alto magistrado da Nação a nomeá-lo xico, alegadamente porque está a deixar o poder sem ter resolvido o caos que se vive nos transportes públicos de passageiros, por exemplo.
Eles consideram-se agastados com o facto de a pobreza ser ainda um mal maior num país onde abundam recursos naturais a serem explorados pelas multinacionais sem proporcionar benefícios palpáveis ao povo.
Deputados da Frelimo
Na quarta-feira passada (03), a Assembleia da República (AR) aprovou a Lei da Revisão da Lei do Estatuto, Segurança e Previdência do Deputado, designada Estatuto do Deputado, e a Lei da Revisão da Lei 21/92, de 31 de Dezembro, que estabelece os Direitos e Deveres do Presidente da República em Exercício e após a Cessação das Funções, que tinham sido devolvidas pelo Presidente da República, Armando Guebuza, para reexame por supostamente serem de difícil implementação em termos financeiros e orçamentais. Para o efeito, os votos da bancada maioritária do partido Frelimo foram preponderantes.
Ou seja, de nada valia a recusa da Renamo e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) de aprovar os tais dispositivos considerados um autêntico abuso de poder e falta de bom senso. Deputados da estirpe da Frelimo deviam ir para o lixo.
Afonso Dhlakama
O líder do maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, passou dias a fio a propalar que pretende formar um “Governo de gestão” com a Frelimo. “Governo de gestão? O que é isso?”, eis a pergunta do ilustre Sérgio Vieira numa entrevista concedida a um semanário da praça.
Será que o senhor Dhlakama está em condições de explicar bem aos moçambicanos o que é realmente isso e como se materializa? Aliás, volvidos alguns dias sem que ninguém lhe desse ouvidos, esta figura incontornável na história da democracia moçambicana disse que já não defendia a ideia do tal “Governo de gestão”.
O que pretende, agora, é governar nas províncias onde teve maior aceitação. Será que Dhlakama está bom de cabeça ou proferiu estas palavras por causa dos óculos escuros que usava nesse dia? Convém que este xico-mor saiba que o país é uno e indivisível.