Os leitores do @Verdade nomearam esta semana os seguintes Xiconhocas:
1. Armando Emílio Guebuza
O Presidente da República não pode esquecer, em momento algum, que é empregado dos moçambicanos. Contudo, Guebuza faz questão, como um bom Xiconhoca, de relegar essa verdade absoluta para o sótão do esquecimento. Portanto, não pode e nem deve ficar descontente com as críticas que lhe são dirigidas. Esperar a carícia do elogio quando se governa em prol de interesses individuais é típico de Xiconhocas.
Ninguém quer um patrão estrangeiro. Somos demasiado orgulhosos para o efeito. E a prova de que não o queremos é que nunca transformámos uma viagem de Estado numa passeata de negócios. O povo nunca jantou em casa do mais alto dirigente de uma multinacional. É má-fé afirmar que queremos um patrão estrangeiro quando o Xiconhoca-mor é que anda a prestar contas no estrangeiro aos seus patrões que delapidam os recursos do país.
2. Polícia que assassinou
Alfredo Este é dos piores Xiconhocas de que há memória. Usa uma farda para tirar a vida de quem devia, por obrigação e vocação, proteger. Porém, mais Xiconhoca ainda é quem o protege. Alfredo, de 31 anos de idade, pai de duas crianças, perdeu a vida devido à acção dolosa de um Xiconhoca que a Polícia da República de Moçambique (PRM) insiste em proteger e manter no anonimato.
Quando algo como a PRM vira um covil de criminosos impunes é sinal de que o país está entregue à bicharada. É sinal de que tudo é permitido e de que os nossos direitos deixaram de fazer sentido. É sinal de que a Constituição é letra morta e a lei só serve para quem não se pode servir dela. É sinal de que capitulamos enquanto país e que os Xiconhocas venceram. O pior é que andam de farda e têm licença para matar…
3. Mambas
Os Mambas não são capazes de vencer um jogo. Perdem sempre ou, quando muito, empatam. Essa é a nossa sina. Aquela selecção, com excepção dos jogadores, é a casa mãe dos Xiconhocas. Do presidente da Federação Moçambicana de Futebol ao seleccionador nacional, passando pelos clubes, a língua que se fala é Xiconhoquês. Não temos um modelo de jogo, não temos escalões de formação, não temos competição a sério. Em suma: não temos nada e não somos nada.