Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:
Abdul Carimo
A folha de serviços de Abdul Carimo está literalmente suja para desespero de quem clama por eleições livres, justas e transparentes. Como se não fosse suficiente o desaparecimento de editais em Quelimane e a sabotagem aos delegados da oposição nas eleições de 20 de Novembro do ano passado, agora é público que a Comissão Nacional de Eleições (por si dirigida) violou a Constituição ao repetir a votação na cidade de Gurúè antes da publicação no Boletim da República da decisão da sua anulação.
Conselho Constitucional
“Xiconhocas só podem ser os indivíduos que compõem o Conselho Constitucional”, diz um leitor. Outro, na mesma linha argumentativa justifica: “Porque é que só agora é que se pronuncia a respeito da inconstitucionalidade da repetição das eleições em Gurúè alegando que a anulação não tinha sido publicada ainda no Boletim da República? Quando a CNE convocou e anunciou a repetição das eleições porque é que não se pronunciaram, uma vez que já tinham conhecimento de que a anulação só surtiria efeitos após a sua publicação em BR?”. Coisas de Xiconhocas, dizemos nós.
Deputados
Os servidores do povo – pelo menos é isso que se diz dos parlamentares – fizeram uma escolha para lamentar. Foram capazes de revirar o Código Penal e franzir o sobrolho por causa da Lei de Probidade, mas não foram capazes de, num assomo de honestidade, extirpar do documento o artigo 223, o qual prevê que o casamento põe termo à acusação de violação sexual caso o agressor se case com a vítima por um período de cinco anos. Isso despreza profundamente a vítima e esvazia-lhe da sua condição humana. Insulto deste tamanho só poderia vir de um antro de Xiconhocas…