O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) condecorou esta sexta-feira, em Maputo, o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, com o prémio “Presente para a Terra”, em reconhecimento dos esforços do seu Governo na promoção e aumento das áreas de conservação dos recursos naturais.
Trata-se de um prémio internacional, conhecido originalmente com o nome inglês “Gift to the Earth”, que é representado por um certificado assinado pelo Directorgeral e presidente do WWF que foi entregue a Guebuza pelo Director-geral adjunto desta organização, Jean Paul Paddack.
Falando momentos após a recepção do prémio, o estadista moçambicano disse que este presente representa um estímulo para todo o povo no seu empenho pela preservação ambiental em Moçambique, país que, segundo disse, tem uma forte cultura ambiental que importa preservar e projecta- la como uma das marcas distintas.
Guebuza disse que, no quadro de criar correias de transmissão inter-geracional dos valores sobre a planta, o Governo introduziu, em 2006, o programa “Um aluno, uma planta por ano”, esperando-se resultados positivos tendo em conta que o país conta com um universo de seis milhões de alunos, da primeira classe até ao ensino pré-universitário. “Impressiona-nos a forma apaixonada e criativa como um crescente número de alunos luta contra, por exemplo, a acção dos animais domésticos e os fenómenos da natureza, como a escassez de chuva, para assegurar a sobrevivência das suas plantas pessoais”, disse Guebuza.
Ainda nesta área, o Governo lançou, em 2007, o programa “Um líder uma floresta comunitária nova”, que visa abranger todos os 48.400 lideres comunitários do país na reposição e multiplicação das espécies nativas, contribuindo assim para a prática de reflorestamento que deve ser continua e replicada por todos os cidadãos, incluindo os operadores florestais. “Para conferir maior proeminência à sua dimensão social, os líderes comunitários são encorajados a lançar fruteiras e plantas medicinais nessas suas florestas e a envolver as crianças e outros membros da comunidade no lançamento das suas próprias plantas e a fazer desse local um sitio de lazer e de reencontro”, disse o estadista moçambicano.
Segundo Guebuza, a apropriação desta floresta pela comunidade e o sentido de utilidade pública que ganha são factores fundamentais na educação ambiental e, em particular, no combate as queimadas descontroladas e a desmatação. Igualmente, o Presidente da República enalteceu a iniciativa visando transformar o Paiol de Mahlazine em Parque Ecológico, sublinhando ser um projecto a replicar em outras regiões do país. Na sua história de existência, o WWF já atribuiu mais de cem prémios deste género, 17 dos quais ao nível do continente africano.
Pelo menos três desses prémios foram atribuídos a Moçambique, com destaque para o atribuído ao antigo Chefe do Estado, Joaquim Chissano, em Setembro de 2003. Este ano, Guebuza dedicou o seu prémio aos lideres comunitários, professores, alunos, extensionistas, educadores ambientais, profissionais da comunicação social e a todos os moçambicanos engajados em acções em prol da natureza, mitigação do impacto das mudanças climáticas e conservação da biodiversidade.