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Washington a Pequim: continuem nos emprestando, não vão arrepender-se

Fiquem tranquilos, seu dinheiro está bem colocado, respondeu nesta sexta-feira Washington às preocupações de Pequim sobre o destino de centenas de bilhões de dólares aplicados pela China nos Estados Unidos e que permitem ao governo americano financiar um déficit recorde no orçamento.

“Não existe aplicação mais segura no mundo que investir nos Estados Unidos”, declarou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, em entrevista à imprensa. Antes, o assessor econômico do presidente Barack Obama, Lawrence Summers, assegurou à China que Washington é um “zeloso guardião do dinheiro investido”, reagindo, assim, à preocupação de Pequim sobre os investimentos feitos em bônus do Tesouro americano.

“Existe um compromisso que o presidente deixou bem claro, de que precisamos ser zelosos guardiães do dinheiro que investimos”. A China está preocupada com o dinheiro que aplicou nos Estados Unidos, devido ao impacto da crise financeira mundial, declarou nesta sexta-feira o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. “Já emprestamos muito dinheiro aos Estados Unidos.

É claro que estamos preocupados com a segurança de nossos ativos”, disse Wen na tradicional entrevista coletiva organizada no último dia da sessão anual do Parlamento em Pequim. “Para ser sincero, estou um pouco preocupado. Q

uero pedir aos Estados Unidos que cumpram sua palavra e seus compromissos, preservando a segurança dos ativos chineses”. Wen lembrou que seu país é o maior credor dos Estados Unidos, “a maior economia mundial, e estamos muito atentos ao desenvolvimento econômico” dos americanos. Apesar dos temores, o premier chinês disse que confia “na série de medidas econômicas adotadas pelo presidente (Barack) Obama para combater a crise financeira”.

Em setembro passado, a China superou o Japão como o maior credor dos Estados Unidos, e em dezembro detinha 727,4 bilhões de dólares em bônus do Tesouro. Wen Jiabao estimou que será muito difícil, mas não impossível, obter um crescimento de 8% este ano na China.

Prevendo um déficit colossal de 1,752 trilhão de dólares para o exercício fical 2008-2009 que finaliza em setembro, agravado por medidas excepcionais tomadas para sustentar a economia americana, a Casa Branca dificilmente pode prescindir do apoio financeiro chinês.

Summers reiterou o compromisso do governo Obama de “fazer com que as finanças da Nação retornem a um nível sustentável quando a economia americana retomar o crescimento”. O projeto de orçamento apresentado no final de fevereiro pela Casa Branca inclui o compromisso de reduzir o déficit americano a 3% do Produto Interno Bruto em 2013 contra os 12,3% esperados para o atual exercício.

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