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Vulcão está sob forte vigilância das autoridades na Islândia

Um dos vulcões da Islândia, que entrou em erupção e originou um caos sem precedentes no tráfego aéreo internacional, encontrava-se esta sexta-feira sob forte vigilância das autoridades. Cerca de 800 pessoas que viviam perto da geleira Eyjafjallajokull, a 150 km ao leste de Reykjavik, onde se situa o vulcão, foram retiradas do local na quinta-feira à noite por conta do risco da chegada de uma onda provocada pelas inundações após o derretimento do geleira.

“Se virmos o nível da água subir novamente, retiraremos as pessoas de forma rápida”, afirmou à AFP Kjartan Thorkelsson, chefe da polícia local. O vulcão, localizado abaixo da geleira, que desprende gigantescas colunas de fumaça desde que entrou em erupção na quarta-feira, não parece se acalmar, segundo os especialistas. “A amplitude da erupção oscila, aumenta, e depois decresce. Mas, em seu conjunto, mantém a mesma intensidade de ontem”, declarou Pall Einarsson, professor de geologia da Universidade da Islândia. “Esperamos que torrentes de água surjam novamente do vulcão sem aviso prévio e, portanto, as pessoas precisam se preparar”, advertiu.

Na Islândia, onde ironicamente os aeroportos permanecem abertos graças a ventos favoráveis, as perturbações deverão continuar durante vários meses. “A última vez que este vulcão entrou em erupção (nos anos 1820), esta se manteve durante 14 ou 15 meses”, afirma Thorkelsson. “Tivemos que fechar as ruas por conta das cinzas, apesar de a camada depositada não ser muito grossa”, explicou, completando que as cinzas são menos perigosas para os homens do que são para os animais, pois se depositam na água e nas folhas.

Até agora, não foram registradas vítimas.

Os geólogos, além de vigiar as nuvens de cinza e as inundações, observam com atenção a atividade vulcânica na região. A erupção no mês passado de um outro vulcão, o Fimmvorduhals, situado perto da geleira, a primeira na região desde 1823 e a primeira na Islândia desde 2004, terminou na terça-feira, antes da nova erupção. Os especialistas advertem que as erupções na geleira tendem a despertar o Katla, um vulcão maior e mais agressivo localizado a alguns quilômetros dali, sem atividade detectada desde 1918.

Apesar de ainda não ter sido detectado nenhum sinal de atividade no Katla, suas erupções ocorrem em média um ou dois anos depois das de Eyjafjallajokull. “Mas a erupção atual evacua a pressão do vulcão”, afirma Pall Einarsson, que julga o risco de uma nova erupção limitado no curto prazo.

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