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Violência religiosa em Mianmar já matou 112 pessoas em seis dias

O número de mortos depois de seis dias de distúrbios religiosos no oeste de Mianmar chegou a pelo menos 112, Sexta-feira (26), e as forças de segurança do país estão a usar a força letal para controlar os confrontos entre budistas e muçulmanos.

A ONU alertou que a nascente democracia do país pode ser “irreparavelmente prejudicada” pelos confrontos, que ocorrem apenas cinco meses depois de uma onda de violência que matou mais de 80 mil pessoas e deixou pelo menos 75 mil desabrigados na mesma região.

Os membros da etnia budista rakhine disseram à Reuters que foram alvejados por policiais e soldados que tentavam impor a ordem no Estado de Rakhine, onde os confrontos contra o grupo étnico muçulmano ronihgya tomam conta de vários distritos, inclusive Kyaukpyu, ponto inicial de um oleoduto que liga Mianmar à China.

O número de mortos dobrou, desde Quarta-feira, numa escalada que põe à prova a capacidade do governo reformista de conter as históricas tensões étnicas e religiosas que foram reprimidas durante quase meio século de regime militar, encerrado ano passado.

Win Myaing, porta-voz do governo do Estado de Rakhine, disse que 112 pessoas, incluindo 61 mulheres, foram mortas até Sexta-feira, e que 72 ficaram feridas.

Até Quarta-feira, pelo menos 2.000 casas e oito edifícios religiosos haviam sido destruídos, segundo a presidência birmanesa.

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