Mais de 500 pessoas morreram no norte da Nigéria, zona maioritariamente muçulmana, em incidentes violentos registados após as eleições presidenciais de 16 de Abril. O número foi divulgado este domingo por uma organização não governamental de defesa dos Direitos Humanos.
«O último balanço é de 516» mortos, segundo informações recolhidas pelo Congresso de Direitos Civis, enquanto as autoridades do país se recusam a fornecer números para não agravarem as tensões nas várias comunidades locais. À agência AFP, Shehu Sani, dirigente daquela organização, admitiu que os números podem ser superiores e que foram contabilizados sobretudo os mortos na zona sul de Kaduna.
O trabalho no terreno das equipas é um «pouco difícil», acrescentou, adiantando que «alguns corpos estão queimados e não podem ser identificados» e vários feridos morreram no hospital.
As revoltas iniciaram-se depois da vitória eleitoral de Goodluck Jonathan, um cristão originário do Sul, contra 19 candidatos, entre os quais o antigo chefe da junta militar, o muçulmano Muhammadu Buhari, que tem contestado os resultados.
Entretanto, as autoridades nigerianas estão em alerta máximo e ordenaram ao exército que reforçasse a segurança para as eleições regionais de terça-feira para eleger 31 governadores.