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Violência doméstica acomete mais de 200 mulheres

Um dos males de que tanto se fala mas os seus impactos perversos continuam evidentes voltou a aterrorizar algumas famílias. Pelo menos 221 mulheres de 25 a 59 anos idades foram vítimas de violência doméstica em pleno período de festas, em diferentes províncias moçambicanas, segundo o Ministério da Saúde (MISAU), que aponta para uma redução deste problema em 21%, comparativamente às festividades de 2016/2017.

Ussene Isse, director nacional de assistência médica naquela instituição do Estado, disse que a faixa etária acima referida foi “a mais acometida com 151 casos”, o que corresponde a 68%.

O dirigente, que procedia à apresentação do balanço referente a 20 de Dezembro passado a 01 de Janeiro em curso, disse que em igual período anterior houve 278 mulheres violentadas nos seus lares.

Recorde-se que de Janeiro a Setembro de 2017, a Repartição de Estatística, Estudo e Difusão, no Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), já tinha registado 20.037 casos de violência doméstica, dos quais 11.273 considerados crimes e 7.272 de natureza civil, ou seja, que à luz da lei não constituem delito algum. Tal é o caso de divórcios, prestação de alimentos, entre outros. Em igual período de 2016, o país registou 19.092 ocorrências.

Dados fornecidos à imprensa, na quarta-feira (03), pelo MISAU sugerem que nos hospitais Central de Maputo e gerais de Mavalane e José Macamo deram entrada 57, 53 e 21 mulheres necessitando de socorro médico, algumas das quais em estado grave. No Hospital de Chamanculo foram atendidos 11 pacientes, contra 27 no Hospital Distrital de Vilanculo e 10 no Hospital Provincial de Chimoio, por exemplo.

Refira-se que o @Verdade conduziu uma pesquisa que permitiu concluir que as campanhas de sensibilização – de que diferentes intervenientes públicos, privados e organizações da sociedade civil se envaidecem de estar a levar a acabo no sentido de estancar a violência doméstica – podem, (de) per si, ter pouco impacto nas comunidades, daí que urge encontrar formas arrojadas de incutir nas pessoas que a violência doméstica é deveras maliciosa e a sua erradicação passa por um trabalho aturado nos lugares onde ocorre com frequência e na consciencialização dos agressores.

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