O Grupo Parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), manteve hoje, em Maputo, um encontro com a Presidente da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Verónica Macamo, com o objectivo de perceber como esta formação política irá exercer o seu mandato ao longo dos próximos cinco anos.
Falando a imprensa, o membro da Comissão Política do MDM, Lutero Simango, disse que o encontro era de agenda aberta, à semelhança de outros do mesmo género que os deputados têm tido normalmente mantido com a direcção da AR. “O encontro era de agenda aberta. Foi um encontro de rotina de trabalho que os deputados têm normalmente mantido com a direcção da AR”, disse Simango.
Questionado pelos jornalistas sobre a esperança do seu partido constituir uma bancada parlamentar, Simango disse que o grupo não fez nenhuma abordagem sobre o assunto e que entende que o processo está a ser devidamente encaminhado, esperando apenas pelo seu desfecho. “Não fizemos nenhuma abordagem sobre esse assunto, porque como grupo parlamentar do MDM entendemos que o assunto está a ser devidamente encaminhado na comissão responsável. Por isso, temos que esperar e ver qual será o desfecho sobre o nosso pedido e sobre o pedido dos moçambicanos de constituirmos uma bancada parlamentar”, afirmou Simango.
No que tange à informação veiculada quinta-feira pela Televisão “SOICO”, segundo a qual a bancada parlamentar da Renamo teria pedido um tempo para se decidir sobre a constituição ou não de uma bancada parlamentar do MDM, Simango disse não estar a par do assunto. “Não tenho conhecimento deste pedido, o que nós ouvimos foi através da imprensa, mas esperamos que a Renamo tenha um bom senso porque nós estamos num processo democrático e nesta casa surgindo uma terceira força política é legítimo que essa força possa ter uma bancada parlamentar, porque isso não só vai enriquecer os debates desta casa, mas também a convivência democrática que se pretende no nosso país.
O MDM elegeu oito deputados nas últimas eleições gerais de 2009, para as quais concorreu em apenas quarto círculos eleitorais, tornando-se, assim, na terceira força política mais votada, a seguir a Frelimo, partido no poder, e da Renamo, o maior partido da oposição.