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Várias pessoas podem ter morrido em explosões na Nigéria

Várias pessoas terão morrido Segunda-feira (30), numa série de explosões ocorridas no bairro de Sabon Gari, em Kano, no norte da Nigéria, soube-se de fonte oficial no local.

Embora o comissário de Polícia do Estado de Kano, Musa Daura, tenha revelado seis pessoas falecidas e seis outras feridas, fontes do hospital local Murtala Mohammed indicam que mais de 20 corpos foram transportados para a morgue do estabelecimento sanitário.

Tendo em conta a gravidade dos ferimentos de alguns sobreviventes tratados no hospital, receia que o balanço aumente, de acordo com o responsável. As explosões ocorreram em Igbo Road, Enugu Road e New Road, e em Ado Bayero Square, situado do lado oposto dos bairros onde vivem populações estrangeiras e onde se situa a maioria dos locais de divertimento e de lazeres da cidade.

As deflagrações fizeram explodir pára-brisas de numerosos veículos estacionados nestes bairros, mas igualmente vidros de carros, disse. Imediatamente depois das explosões, os soldados da Força Militar Especial (JTF) cercaram os bairros afectados para impedir o afluxo de curiosos.

Nenhum grupo terrorista reivindicou estes danos, mas tudo leva a crer que são da autoria da seita islamita Boko Haram que impera no norte da Nigéria. Um ataque similar ocorreu em Março passado no bairro de Sabon Gari, na mesma zona, depois de um veículo cheio de explosivos ter destruido um autocarro de passageiros, fazendo vários mortos.

Kano é um dos três Estados do norte da Nigéria onde o Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, impôs o estado de emergência em Maio passado, para entravar as actividades da seita islamita, que custaram a vida a mais de três mil pessoas desde o lançamento da sua campanha de terror em 2009, devido ao assassinato do seu líder, Mohammed Yusuf.

Os Estados de Adamawa, Borno e Yobe foram colocados em estado de emergência, mas os ataques esporádicos continuam, apesar do desdobramento maciço de soldados nestes três Estados.

No fim de semana passado, 29 pessoas morreram no Estado de Borno, quando os insurgentes islamitas atacaram membros dum grupo de autodefesa que ajuda o Exército a perseguir os membros da seita bem como os habitantes considerados como simpatizantes deste grupo de autodefesa.

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