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Van Rompuy assume presidência da UE com desafio de mostrar liderança

Com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, o ex-primeiro-ministro belga Herman Van Rompuy tornou-se na terça-feira o primeiro presidente da União Europeia (UE), com o desafio de desmentir os detratores e demonstrar que reúne as qualidades de liderança para assumir o cargo.

A britânica Catherine Ashton assumiu a função como Alta Representante das Relações Exteriores, também em meio a críticas que consideram o posto muito grande para uma política sem experiência. O primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, cujo país ocupa a presidência semestral da UE, falou na terça-feira em nova era para o bloco, com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa e a criação dos cargos.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, se mostrou otimista ao garantir que a “UE será capaz de falar com uma voz forte no cenário internacional”. O texto, herdeiro do projecto de Constituição Europeia, foi elaborado para agilizar a tomada de decisões do bloco, reforçar os poderes do Parlamento Europeu e da à União uma maior visibilidade no mundo.

Mas essas ambições do Tratado parecem estar em contradição com a eleição dos quase desconhecidos Van Rompuy e Ashton por parte dos chefes de Estado e de governo da UE, que, segundo alguns, teriam sacrificado uma liderança forte do bloco para manter o peso de seus países na tomada de decisões. Rompuy é uma decepção para os que desejavam uma personalidade capaz de falar de igual para igual com Estados Unidos e China. Catherine é alvo de críticas pela falta de experiência e a hostilidade tradicional de Londres a qualquer diplomacia supranacional.

O Tratado de Lisboa da União Europeia entrou em vigor nesta terça após um longo e difícil processo de ratificação. O texto, que pretende melhorar o funcionamento e a visibilidade da União Europeia (UE), dará “os instrumentos necessários para se enfrentar os desafios futuros e responder às demandas dos cidadãos”, destacou em um comunicado o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

A principal inovação é a criação do cargo de presidente permanente do Conselho Europeu, órgão no qual se reúnem os chefes de Estado e de Governo, entregue a Herman Van Rompuy pelos próximos dois anos e meio. Até o momento, a presidência da UE era rotativa e renovada a cada seis meses.

O Tratado “põe o cidadão no centro do projeto europeu”. “Estou contente porque agora teremos instituições eficientes e um período de estabilidade”, disse Barroso. Ao contrário do Tratado de Roma, de 1957, que criou o “Mercado Comum”, e o de Maastricht, em 1992, que instaurou a moeda única, o Acordo de Lisboa é modesto em relação à construção europeia, mas reforça a visibilidade externa do Bloco.

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