A Vale lançou oficialmente quinta-feira no Malawi a primeira pedra para a efectivação das obras de construção de 136 quilómetros de linha férrea, reabilitação de 99 quilómetros de linha existente, bem como a construção de 45 pontes ferroviárias e três viadutos rodoviários, como parte do Corredor de Nacala.
Segundo o jornal Noticias, a cerimónia contou com a presença da Presidente do Malawi, Joyce Banda, dos directores da Vale, Galib Chaim e Ricardo Saad, entre outros representantes do Governo do Malawi, de Moçambique e do Brasil.
As actividades já iniciadas pela Vale há 9 meses permitiram a conclusão da engenharia detalhada do troço entre a fronteira de Moçambique com o Malawi e Nkaya Junction, bem como das compensações sociais de terras cultivadas e edificações privadas às comunidades. O projecto, que beneficiará o Malawi com uma infra-estrutura logística bem capacitada, é parte do Corredor de Nacala e está orçado em 1.1 bilião de dólares norteamericanos.
O troço ferroviário deve sair de Moatize, província central moçambicana de Tete, chegando à fronteira com o Malawi, na região de Cambulatsissi. Em seguida, a rota segue em direcção nordeste até à localidade de Nkaya Junction, cobrindo 136 quilómetros de linha férrea de raiz, onde se conecta com a linha férrea existente sob concessão da Central East Africa Railways – CEAR, cobrindo mais 99 quilómetros de linha férrea a reabilitar até Nayuchi/Entrelagos.
As obras desta parte do Corredor de Nacala, no Malawi, têm a sua conclusão prevista para 2014. Em Dezembro de 2011, a Vale assinou com o Governo do Malawi o contrato de concessão ferroviária para a construção e operação de parte do Corredor de Nacala, cobrindo 136 quilómetros de linha férrea, entre a fronteira de Moçambique e Malawi até ao trecho ferroviário existente no Malawi.
Em Julho de 2012, o consórcio Corredor Logístico Integrado de Nacala – CLIN, formado pela Vale e pelos Caminhos de Ferro de Moçambique, assinou com o Governo de Moçambique os contratos de concessão ferroviário e portuário que preconizam a construção de linhas e ramais ferroviários ligando Moatize a Nampula, província nortenha moçambicana do mesmo nome, e de um novo terminal portuário em Nacala-à-Velha, projectos que fazem parte do Corredor de Nacala, do lado de Moçambique.
Os contratos de concessão com o Governo do Malawi e com o Governo de Moçambique, para além dos contratos de concessão com Corredor de Desenvolvimento de Nacala – CDN, e a Central East Africa Railways – CEAR, possibilitam a construção de todo o trecho ferroviário e do terminal portuário necessário para o escoamento do carvão da região de Moatize até o Porto de Nacala, e contribuirão com a melhoria da infra-estrutura de transporte ferroviário do país, o transporte de carvão, de cargas diversas e de passageiros.