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Vale do baixo Limpopo atrai investidores privados

O vale do Baixo Limpopo, na província meridional de Gaza, em Moçambique, está a atrair investidores do sector privado nacional e estrangeiro, que acreditam que depois da sua reabilitação pelo Estado estão criadas todas as condições para que as potencialidades locais possam ser efectivamente exploradas.

Ricardo Nhacoongue, administrador do distrito de Xai-Xai, diz que a nova dinâmica está a ser imprimida depois da recente criação de uma empresa específica para gerir o regadio, facto que está sendo bem acolhido pelos investidores privados de diversas origens que ambicionam realizar a produção agrícola em moldes comerciais.

Com efeito, depois que foram restauradas as infra-estruturas de rega deste vale, que ocupa uma área superior a 10 mil hectares, para além de operadores nacionais já operam no Vale do Limpopo três investidores estrangeiros, nomeadamente, uma empresa chinesa, investidores italianos e indianos.

O administrador é citado pelo matutino “Notícias”, sem revelar os valores investidos, que a presença desta empresa chinesa na região agrícola de Ponela, onde ocupa uma área de 300 hectares há pouco mais de três anos na produção de arroz, já está a registar resultados muito encorajadores.

“Os chineses estão a fazer uma verdadeira revolução tecnológica ao arrecadarem índices de colheita por hectare na ordem dos oito a 10 toneladas, índices jamais atingidos antes pelos agricultores locais que não vão, normalmente, para além de quatro a cinco toneladas por hectare”, disse Nhacoongue.

A contribuição daqueles agricultores é bastante notória no apoio técnico que vem sendo dado aos agricultores moçambicanos que trabalham na periferia, uma atitude que está a contribuir, em grande medida, para a melhoria gradual dos índices de produção.

Na margem direita do Limpopo, também verifica-se a presença de investidores italianos a concluírem os últimos detalhes para a melhoria das condições de drenagem em Lumane, onde já dispõem de uma área de pouco mais de mil hectares, essencialmente para a produção de arroz.

“Estamos muito impressionados com a presença destes empresários, porque já deram indicações bastante positivas no que toca ao seu relacionamento com os sistemas de rega que estão a usar em Lumane, por estarem a usar meios tecnológicos bastante avançados, com sinais positivos já demonstrados nas primeiras colheitas de arroz feitas este ano”, disse Nhacoongue.

A entrada em actividade dos empresários italianos, segundo Nhacoongue, contribuiu para a criação de novos postos de emprego beneficiando pouco mais de 50 famílias em Lumane, para além de outros benefícios sociais que incluem a instalação de um pequeno sistema de abastecimento de água à população local.

“Atraídos pela fertilidade das terras do baixo Limpopo estão igualmente os investidores indianos, que se preparam para, em Setembro, altura do arranque da nova temporada agrícola, trabalhar numa área de 700 hectares”, revelou Nhacoongue.

À semelhança dos outros intervenientes, os empresários indianos têm como prioridade a produção de arroz, apostando também nas culturas de milho e trigo.

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