Escombros de edifícios antigos espalhados por sete bairros da cidade do Maputo estão a ser removidos e/ou a beneficiar de trabalhos de reabilitação por constituírem um revés ao pleno funcionamento do novo sistema de saneamento do meio que está a ser construído naqueles aglomerados populacionais.
A sua reabilitação deverá ser concluída em 2012 e decorre em paralelo com a efectivação de outros trabalhos de parcelamento dos bairros Xipamanine, Nlhamankulo, Mafalala e KaMaxaquene “A”, “B” e “C”, bem como reabilitação e/ou construção de novos sistemas de saneamento do meio e de abastecimento de água nos mesmos bairros, segundo Carla Barros Costa, gestora do projecto Water and Sanitation for the Urban Poor (WSUP), da Inglaterra.
Os trabalhos estão orçados em cerca de 5,1 milhões de dólares norte-americanos desembolsados pela Fundação Bill e Melinda Gates e pela Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
O desenvolvimento destas acções surge em resposta a uma série de sugestões apresentadas durante estudos recentes sobre os grandes constrangimentos enfrentados por moradores daqueles sete bairros suburbanos da capital moçambicana, segundo ainda Barros Costa.
Já para Nacima Figia, coordenadora do mesmo projecto, o grande desafio do Executivo do Maputo é encontrar alternativas face ao parcelamento desordenado dos bairros e recuperação dos edifícios em escombros para devolver a beleza à urbe.
Costa e Figia falavam ao Correio da manhã, esta quarta-feira, à margem de uma reunião de concertação entre o WSUP e representantes do Ministério da Mulher e Acção Social sobre o projecto de melhoramento do sistema de abastecimento de água e qualidade do saneamento urbano.
O envolvimento do Ministério da Mulher e Acção Social neste projecto tem a ver com o facto de ser a mulher residente naqueles aglomerados populares a mais afectada pelos seus problemas, segundo Josefa Langa, directora nacional da Mulher.