Pelo menos cerca de 10 milhões de dólares norte-americanos foram, este ano de 2010, poupados pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) como resultado da implementação de reformas introduzidas no país para o melhoramento do ambiente de negócios pelo Governo.
“A nossa aposta é passarmos a ter por ano quatro ou mais reformas porque os resultados são promissores”, indicou Eduardo Macuácua, economista sénior da CTA, apresentando resultados da pesquisa sobre o impacto do diálogo públicoprivado registado nos últimos 10 anos.
Macuácua anotou, no entanto, que no concernente à coordenação do processo de reformas, o diálogo públicoprivado não tem sido eficaz, por estar a faltar “um acompanhamento de perto do mesmo processo pelo Governo e sector privado”, propondo em seguida que o Presidente da República e/ou o Primeiro-Ministro se encarreguem pela assinatura do memorando de entendimento entre a CTA e o Governo.
“Deve ser o Presidente da República ou o Primeiro- Ministro a assinar o memorando de entendimento para conferir força necessária para garantir que tudo o que venha a ser aprovado pelas duas partes seja de facto implementado”, justificou o economista sénior da CTA, na apresentação aos participantes da XII Conferência Anual da agremiação dos resultados da pesquisa sobre o impacto do diálogo público-privado que decorre sem interrupção desde 1996.
Slogan As conclusões do estudo foram apresentadas à tarde em momentos separados ao Presidente da República, Armando Guebuza, e ao Primeiro- Ministro, Aires Ali, após as mesmas terem sido discutidas pelos participantes, no período da manhã desta terça-feira.
“Como produzir com eficiência” é o slogan do referido encontro e durante uma comunicação do sector privado sobre o assunto, feita pelo presidente da CTA, Salimo Abdula.
A agremiação sugeriu ao Governo a criação de condições “necessárias e indispensáveis” para as empresas moçambicanas competirem, em pé de igualdade, com as suas congéneres da África Austral.
“Deve o Governo criar condições para melhorar políticas de acesso à terra, ao crédito bancário, água, energia e estradas que dão acesso às zonas de maior produção”, realçou Abdula, sugerindo igualmente a criação de um parque de máquinas, mais investimento na investigação e inovação e de laboratórios de análise de solos, água e outras necessidades básicas para “melhorarmos a produção e produtividade para competirmos com o resto da África Austral”, indicou a terminar.