A Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) vai investir, a partir deste ano, em todo o país, mais de dois milhões de dólares norte- americanos, na melhoria das técnicas agrária com vista a incrementar a produção agrícola e aumentar o crescimento socioeconómico nas diferentes cadeias de valor.
O montante a ser desembolsado por um período de cinco anos será integrado num projecto denominado “programa camponês-para-camponês” a ser implementado em Moçambique pela Citizens Network for Foreing Affairs (CNFA), uma organização não- governamental norte-americana a operar em África e em alguns países do ocidente.
Sérgio Ussaca, director referido programa na CNFA, ao qual compete a gestão do referido fundo, em entrevista ao nosso Jornal explicou que o objectivo da iniciativa é o de promover o crescimento socioeconómico dentro das diferentes cadeias de valor no sector agrário e aumentar a percepção, tanto dos americanos, assim como de outros povos em relação aos programas de desenvolvimento.
A iniciativa, ora lançada na cidade da Beira, será executado por 100 voluntários americanos especializados em diferentes matérias, disse a fonte que temos vindo a citar.
“Nós sabemos que dentro do sector agrícola existem ainda vários constrangimentos e muitos deles resultam do facto de o nosso produtor não possuir conhecimentos científicos. Portanto, ele produz apenas com base em conhecimentos empíricos daí que o que nós vamos fazer é trazer os voluntários especializados nestas e outras áreas para suprmimir estes problemas” – explicou.
Os voluntários, segundo acrescentou, vão trabalhar em estreita ligação com os grupos de associações, uniões de camponeses, empresas produtoras, associações de produtores, entre outras coletividades, de modo a difundirem novas técnicas agrárias e trocarem experiências sobre as que já são conhecidas no meio onde os grupos-alvo operam.
Neste contexto, a CNFA vai estabelecer alianças com os associados e até pequenos grupos de camponeses que trabalham nas cadeias de valor de produtos agrícolas com alto valor potencial de crescimento.
As actividades irão incidir sobre as áreas de produção e comercialização de uma gama de produtos como leiteiros, frutas e vegetais, amêndoa, produtos avícolas, batata, entre outras culturas de alto valor.
“A cadeia é toda ela, começa a partir da produção e, à medida que vai se adicionando o valor da cadeia, nós vamos usando um voluntário para intervir. Portanto, isto começa na produção até a exportação”- disse Ussaca para quem o programa é de âmbito nacional, mas nesta primeira fase vai abranger apenas os corredores da Beira e Nacala, havendo a possibilidade de se expandir ainda para o sul do país.
“Não posso precisar o número concreto das pessoas que irão trabalhar connosco numa primeira fase. Mas, só para lhe dar uma ideia, em Manica nós vamos trabalhar com a União dos Camponeses de Manica e esta associação tem mais ou menos cinco mil produtores. Dizer que optamos por trabalhar com associações porque é a forma mais fácil de atingir o nosso objectivo e/ou de atingir um impacto maior no sector da agricultura” – explicou a terminar.