Deverão ser conhecidos até finais de 2011 resultados de diversos estudos feitos pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM) sobre a poluição ambiental na baía do Maputo e praticada por instituições públicas e privadas activas na capital moçambicana.
Os referidos estudos foram também feitos sobre o potencial da região em mangais, escoamento de resíduos sólidos e industriais da cidade e grau de contaminação do camarão por metais pesados descarregados ao longo da baía, segundo Amália Uamusse, directora da Faculdade de Ciências da UEM.
Matérias de carácter geomorfológico, hidrológico, assentamentos humanos e sobre a importância da ilha de KaNhaca para a conservação do ecosistema da cidade e província do Maputo são outros temas sobre os quais os estudos incidiram, segundo ainda Amália Uamusse, indicando a seguir que a publicação dos referidos resultados será feita por intermédio de um livro em produção intitulado The Maputo Bay Ecosystem.
A sua produção conta com o apoio da Organização de Ciências Marinhas da África Austral (WIOMSA) e os estudos foram feitos no período compreendido entre 1975 e 2011, de acordo igualmente com Uamusse, falando esta terça-feira ao Correio da manhã à margem dos trabalhos de discussão de matérias a constarem no referido livro.
Os estudos foram desenvolvidos por investigadores nacionais e estrangeiros e ainda por estudantes como teses de licenciatura e pós-gradução pela Universidade Eduardo Mondlane.
A directora da Faculdade de Ciências da UEM instou qualquer investidor nacional e estrangeiro e ainda instituições públicas e privadas interessados em desenvolver qualquer tipo de actividade na baía do Maputo para terem em conta questões ambientais encontradas nos estudos cujos resultados deverão ser divulgados até finais de 2011.

