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Unidade: arma para vencer desafios

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, destacou a valorização e perseverança da unidade nacional e o resgate da cultura de trabalho como fundamentais para a consolidação de desígnios nacionais duramente conquistados, bem como para levar de vencida novos desafios como a luta contra a pobreza.

Guebuza, que falava num comício que dirigiu na localidade de Gueguegue, distrito de Boane, onde terminou a sua Presidência Aberta a província de Maputo, disse que foi este legado de Eduardo Mondlane que permitiu que os moçambicanos unidos lutassem e vencessem a dominação estrangeira que se prolongou por 500 anos.

Eduardo Mondlane foi o fundador da Frelimo, a Frente de Libertação que conduziu a luta armada contra o colonialismo português que culminou com a proclamação da independência nacional a 25 de Junho de 1975. Pelos seus feitos, é considerado o arquitecto da unidade nacional, tendo o Governo decidido 2009 ano de Eduardo Mondlane.

A unidade nacional permitiu igualmente o alcance e manutenção da paz, entre outras conquistas do povo moçambicano. “Agora usemos esta mesma unidade para vencer a pobreza”, disse Guebuza, vincando que este flagelo social (pobreza) não é um castigo divino.

O estadista moçambicano explicou que a unidade por si só não é tudo se não visar o alcance de um objectivo comum, que nesta fase é a luta contra a pobreza e melhoria das condições de vida das camadas mais pobres do país. “A unidade só não faz nada. Tem que ser utilizada para alcançar um objectivo e, para alcança-lo, é preciso trabalhar, transpirar até conseguir”, afirmou Guebuza, reiterando que foi a unidade que trouxe a independência nacional, a conquista e consolidação da paz e a construção contínua da Nação moçambicana.

Guebuza referiu que neste processo de luta contra a pobreza absoluta é pertinente a unidade nacional, onde as diferenças devem servir de força para se alcançar o objectivo comum de erradicar a miséria. Explicou que as diferenças devem ser encaradas como fonte de força para realização de objectivos comuns, dando como exemplo uma equipa de futebol onde em campo estão onze jogadores, cada um com a sua missão, mas todos com o objectivo de vencer. “A unidade dos moçambicanos é fundamental. O segredo é a unidade, valorizemos isso.

Esta é a lição de (Eduardo) Mondlane que permitiu vencer a dominação colonial”, frisou Guebuza, reiterando que com o trabalho de todos é possível vencer a pobreza como foi possível libertar o povo do jugo colonial. O conflito de terra, o repovoamento pecuário, a necessidade de expansão da rede eléctrica, de abastecimento de agua potável e de transporte público, o apoio aos idosos, a problemática do HIV/Sida e a pensão para desmobilizados são algumas de entre várias questões que preocupam a população do distrito de Boane e que foram apresentadas ao Presidente da República.

Na Presidência Aberta a província de Maputo, iniciada Segunda-feira, Guebuza trabalhou sucessivamente nos distritos de Magude, Marracuene, Namaacha e Boane, onde se reuniu com as populações, governos e conselhos consultivos locais, agentes económicos entre outros membros da sociedade civil, e visitou e inaugurou infra-estruturas socio-económicas.

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