A onda da violência continua no Burundi e várias crianças morreram em confrontos armados, denunciou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
“O UNICEF lembra a todas as partes em conflito a sua obrigação de garantir a segurança e a proteção das crianças no Burundi e, em particular, fazendo com que as crianças sejam afastadas de todas as manifestações e ações que as expõem a riscos”, declarou a diretora-regional do UNICEF para a África Oriental, Leila Gharagozloo-Pakkala.
Declarou-se “extremamente preocupada” com a presença contínua dos petizes no meio de violentos confrontos no Burundi.
Os combates nas ruas da cidade de Bujumbura, desde a tentativa frustrada, a 14 de Maio corrente, de destituir o Presidente burundês, Pierre Nkurunziza, provocaram tensões e disparos contínuos nas ruas.
Nos últimos combates desta semana, os responsáveis do UNICEF declararam ter tido conhecimento da morte de uma criança num em tiroteio registado segunda-feira última e do ferimento por bala de uma outra ocorrido no dia seguinte.
“Nenhuma criança deve estar exposta à violência ou ser testemunha desta situação. O lugar duma criança é estar segura com a sua família; não no meio de violentos confrontos”, indignou-se a agência onusina.
Sublinhou que a protecção das crianças e o respeito pelos seus direitos representam uma responsabilidade partilhada, sobretudo entre as forças governamentais e de segurança.
Quase 84 mil crianças, das quais dois terços são mulheres e crianças, fugiram do Burundi para países como a Tanzânia, o Ruanda e a República Democrática do Congo (RDC) na sequência da onda de violências no país.