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Umas das crianças sequestradas já voltou ao convívio familiar na Matola

Uma das crianças sequestradas de uma carrinha de transporte escolar, na passada terça-feira (08), voltou ao convívio familiar, no bairro da Liberdade, na noite desta segunda-feira (14). O Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), que não consta que tenha tido intervenção do resgate do menor, não tem informações sobre o paradeiro da outra criança que ainda deverá estar nas mãos dos seus sequestradores.

Fontes próximas da família do menor, cujo pai é um quadro sénior numa das maiores empresas de consultoria de Moçambique, garantiram-nos que o menor regressou a casa cerca das 23 horas desta segunda-feira e passa bem de saúde. As fontes não referem como o resgate aconteceu mas tudo indica que se terá chegado a algum acordo monetário com os sequestradores, como já aconteceu em outros casos similares.

Contrariando as afirmações dos seus superiores, que na semana finda apelaram a calma pois a PRM estaria já no encalço dos sequestrados, Pedro Cossa, o porta-voz Comando da PRM, apenas confirmou o regresso do menor sem esclarecer as circunstância em que se deu o resgate e nem mesmo se havia pistas ou mesmo suspeitos de envolvimento no sequestro que deixou a classe média de Maputo e Matola em pânico.

Cossa também não se pronunciou, na habitual Conferência de Imprensa semanal em Maputo, sobre alguma diligência policial que esteja a decorrer no sentido de resgatar a a segunda criança sequestrada, no mesmo dia da semana passada, também a caminho da escola numa carrinha de transporte escolar, numa das zonas nobre da capital moçambicana, e a poucos quarteirões da Presidência da República, em plena luz do dia.

Entretanto o porta-voz do Comando-Geral da PRM referiu que desde Janeiro a Outubro deste ano a PRM registou 15 sequestros e que afirmou que todos foram esclarecidos, tendo culminado com a detenção de 22 indivíduos, dos quais cinco foram soltos pelo tribunal por falta de provas do seu envolvimento e os restantes estão em julgamento.

Iniciados em meados de 2011, os sequestros que tinham como vítimas preferenciais cidadãos de origem asiática nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Nampula, alastram-se agora a outros extratos da sociedade moçambicana ante a inoperância das autoridades polícias, que tem vários dos seus membros acusados de participação nos crimes, e a impotência dos tribunais que, no Código Penal vigente, não encontram penas que sejam dissuasoras destes crimes.

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