Três grupos paramilitares católicos, entre eles o Exército de Libertação Nacional Irlandês (INLA), anunciaram na segunda-feira a conclusão de seu processo de desarmamento, 12 anos depois do acordo de paz que pôs fim a três décadas de violência na Irlanda do Norte.
O INLA, mais antiga facção do Exército Republicano Irlandês (IRA), confirmou ter destruído seu armamento sob a supervisão da Comissão Internacional Independente para o Desarmamento (IICD). Outro grupo republicano, o IRA Oficial (OIRA), fez posteriormente um anúncio semelhante.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, indicou por sua vez que uma facção saída da UDA (Associação de Defesa do Ulster), conhecida como a UDA do sudeste de Antrim, também completou seu processo. O INLA matou 147 pessoas entre sua criação, em 1975, e 2001, segundo a base de dados Sutton da Universidade do Ulster. “Não pedimos excusas por nosso papel no conflito”, declarou Martin McMonagle, porta-voz do INLA.
“Mas acreditamos que as condições mudaram agora de tal maneira que outras opções se abriram para os revolucionários (…) alcançarem seus objetivos”, indicou McMonagle, representante do braço político do movimento, o Partido Republicano Socialista Irlandês (IRSP).
O OIRA, por sua vez, foi ativo sobretudo nos anos 70. Contabiliza 55 assassinatos, segundo a mesma base de dados. Assinou um cessar-fogo em 1972.