A líder de oposição Yulia Tymoshenko, cujo estado na prisão causou tensão nas relações entre o governo da Ucrânia e o Ocidente, foi transferida para um hospital, esta Quarta-feira, num comboio policial com segurança reforçada.
O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, tem enfrentado críticas crescentes sobre a condenação a Tymoshenko e pela recusa das autoridades em autorizá-la a deixar o país para buscar tratamento no exterior para um problema crónico de dor nas costas.
A transferência da prisão para o hospital na cidade de Kharkiv, no leste do país, para ser submetida ao tratamento realizado por médicos alemãs, foi acertada, semana passada.
Mas a medida não deve aliviar a pressão sobre Yanukovich, que tem sido duramente criticado no Ocidente pela postura dispensada à sua adversária política.
Tymoshenko, ex-primeira-ministra de 51 anos, foi presa em Outubro condenada a 7 anos de prisão por abuso de poder no governo, acusação que ela nega.
Ela afirma ser vítima dum grupo comandando por Yanukovich, que a derrotou numas eleições apertadas pela Presidência em Fevereiro de 2010.
A União Europeia e os Estados Unidos afirmaram que o julgamento e a condenação de Tymoshenko foram motivados politicamente e pediram que ela fosse libertada.
A indignação no Ocidente aumentou depois de Tymoshenko ter dito que foi agredida na prisão e começou uma greve de fome, a 20 de Abril, em protesto contra os maus-tratos que diz ter recebido.
As acusações negam que ela tenha sido submetida a maus-tratos. Terça-feira, a sua filha, Yevgenia, disse que a mãe tinha concordado em encerrar a greve de fome sob a supervisão de um médico alemão num hospital local.