O Presidente tunisino, Béji Caid Essebsi, decidiu no fim-de-semana prorrogar o Estado de emergência por um mês, a partir desta segunda-feira (22), anunciou a Presidência sem precisar as razões.
Num comunicado, a Presidência indica que esta decisão foi tomada após consultas com o chefe do Governo, Habib Essid, e o presidente da Assembleia de Representantes do Povo (Parlamento), Mohamed Ennaceur, “sobre as questões ligadas à segurança nacional, sobretudo a situação nas fronteiras e na região”.
A decisão surge num contexto regional tenso na sequência do raide norte-americano contra um campo de jihadistas em Sabrata, uma cidade líbia próxima da fronteira tunisina, fazendo várias dezenas de mortos, na sua maioria Tunisinos que preparavam atentados na Tunísia.
O Estado de emergência permite às autoridades proibir nomeadamente as greves e as reuniões “susceptíveis de provocar a desordem” e tomar qualquer medida de controlo da imprensa.
O Estado de emergência na Tunísia foi decretado a 24 de Novembro último, na sequência do ataque-suicida perpetrado por um kamikaze em pleno centro da capital e que fez 12 mortos entre os membros da Guarda Presidencial.
Foi a terceira operação terrorista perpetrada na Tunísia após o ataque do Museu do Bardo, perto de Túnis, em Março último, e o atentado cometido num hotel em Sousse, uma estação balnear do centro tunisino, em Junho passado, matando 60 turistas estrangeiros.
As três operações foram reivindicadas pela organização do “Estado Islâmico” (Daech em árabe).