Pelo menos 21 pessoas morreram nas ilhas Fiji após a passagem do ciclone Winston, que arrasou este fim-de-semana este arquipélago do Pacífico Sul, informou nesta segunda-feira uma organização de ajuda humanitária.
Em mensagem no Twitter, a divisão australiana da ONG CARE cita como fonte o governo de Fiji. “Serão necessários um ou dois dias antes que tenhamos uma imagem real de quanta destruição foi causada”, acrescentou Anna Cowley, representante em Fiji da CARE, em comunicado enviado à imprensa.
Viti Levu, a principal ilha da nação e onde vive 75% da população fijiana, está sem energia eléctrico e água. “Este tipo de emergência é uma corrida contra o tempo para ajudar as pessoas que perderam tudo e assegurar que as famílias possam se manter a salvo”, destacou Cowley.
O restabelecimento do serviço de água demorará “pelo menos uma semana” em Suva, capital do país, enquanto há vários povoados dos quais ainda se ignoram os estragos causados pelo ciclone, informou a Autoridade de Água local ao jornal “The Fiji Times”.
Os serviços de emergência continuam com os trabalhos para proporcionar abrigo, água e serviços de saúde aos afectados, e obter dados de vítimas e danos. Também avaliam-se as perdas económicas e está previsto que se cancele esta noite o toque de recolher no país, segundo confirmou o Escritório Nacional de Resposta aos Desastres.
Winston, que chegou no sábado a Fiji com ventos de 230 km/h e rajadas de 325 km/h, causou enorme destruição em sua passagem por esse país do Pacífico sul.
O primeiro-ministro fijiano, Frank Bainimarama, pediu à população em mensagem na televisão para permanecer “unida” para “enfrentar este desastre”.
“Se vir um vizinho em perigo, ajude (…) É um momento para a dor, mas também um tempo para a acção”, afirmou o primeiro-ministro.
O serviço de transporte público recomeçou nesta segunda-feira suas operações, enquanto universidades e escolas primárias e secundárias continuam fechadas.
As ilhas Fiji, arquipélago com uma população de 810 mil pessoas, ficam numa região do Pacífico Sul castigada todos os anos por vários destes fenómenos naturais. Em 1993, o ciclone “Kina” causou 23 mortos e deixou milhares de desabrigados.
