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Tunguiase apoquenta zonas residenciais em Nampula

Os residentes dos bairros de Muhala e Murrapania nas cidade de Nampula estão a ser flagelados pela tunguiase, vulgarmente conhecida por “matequenha”, uma doença causada por uma pulga denominada “tunga-penetras”, que ataca bastante a planta dos pés e que se alimenta do sangue do homem. A situação é de tal sorte preocupante que os moradores clamam pelo socorro das autoridades de saúde.

Segundo as vítimas, a doença começou a fazer-se sentir em Julho do ano em curso. A situação é deveras crítica na medida em que alguns cidadãos se locomovem com dificuldades em virtude de os seus pés estarem totalmente infectados. A doença tende a multiplicar-se.

A “matequenha” – ataca pessoas de todas as idades – consiste numa elevação circular e amarelada da pele e multiplica-se através de ovos, os quais permitem a multiplicação da pulga, sobretudo em caso de extracção não for cuidadosa. No centro, o bicho contém um ponto negro, o qual indica que a doença já está numa fase avançada.

Sumaila Amade, residente do bairro de Muhala, disse que o problema que levou a que pessoas ainda não infectadas vivesse isoladas das que ainda são consideradas sãs começou a ganhar contornos alarmantes há poucos meses.

Enquanto isso, há relatos de internamento de alguns indivíduos em resultados da referida enfermidade, pese embora as autoridades de saúde não confirmem tais casos. Aliás, refere-se que a cada dia que passa, as autoridades de saúde recebem relatos de novas infecções.

Geralmente, os pés, concretemente ao redor das unhas e nos calcanhares, são as zonas mais infectadas a forma de manifestação é a comichão e irritação no local do, ao que se segue a dor e o pus.

Mamudo Sacandeia, residente da zona de Waresta, no bairro de Murrapania, assegurou ao @Verdade que a doença não é nova. Anualmente, principalmente no Verão, a tunguiase assola diversas famílias. “A situação é crítica e quando as pessoas são infectadas não se fazem em locais de maior concentração de gente porque a doença é de fácil contaminação”.

Por seu turno, Joselina Calavete, médica-chefe da Direcção Provincial da Saúde em Nampula, disse que o sector vai se informar melhor sobre o problema com vista a encontrar medidas concretas de estancá-lo.

Ela não se referiu a quaisquer casos relacionados com a tunguiase, mas alertou que a mesma pode causar a mortes. Por isso, instou as comunidades a colaborarem com as autoridades para a sua mitigação.

A “matequenha” já assolou igualmente a Ilha de Moçambique. Dados em nosso poder indicam que esta enfermidade está assolar também alguns postos administrativos do distrito de Nacala-a-Velha.

Em relação a este ponto do país, o “Domingo” escreveu recentemente que Um surto de matequenha afecta os distritos de Nacala-Porto e Mossuril, na província de Nampula, desde o passado mês de Julho.

O bicho tem mais vítimas nos bairros de Mocone, Ontupaia, Mathapue, assim como no Posto Administrativo de Moanona, onde há indivíduos que falam da extracção entre 10 a 24 pulgas num só dia.

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