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Tuaregues boicotam acordo de paz no Mali enquanto violência ressurge no norte

Rebeldes separatistas liderados pelos tuaregues do Mali boicotaram a assinatura de um acordo de paz com o governo e seus grupos armados aliados na capital, Bamako, nesta sexta-feira, um dia depois de sinalizarem aprovação nas negociações na Argélia.

Horas antes da cerimónia, os rebeldes separatistas da Coordenação dos Movimentos de Azawad (CMA) entraram em confronto com a milícia pró-governo em Menaka, no norte do país.

No reduto separatista dos tuaregues em Kidal, centenas de pessoas protestaram contra o acordo, carregando faixas e entoando frases incluindo “Melhor o martírio que a humilhação”, atiraram pedras em tropas de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

A CMA, coligação de cinco grupos tuaregues e rebeldes árabes, disse que queria mais garantias antes de assinar o acordo mediado pelos argelinos, um dos muitos que tentaram pôr fim a décadas de revoltas do norte.

Apenas um par de membros dissidentes da CMA participou da cerimônia desta sexta-feira em Bamako, ao lado de representantes de seis grupos armados pró-governo.

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, que preside a União Africana, e vários outros chefes de Estado também estiveram presidentes.

A CMA emitiu uma declaração descrevendo que se tratou de uma cerimónia de “assinatura unilateral” e dizendo que a sua aprovação do acordo em Argel na quinta-feira foi apenas uma etapa preliminar.

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