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Tropas sírias e jordanianas enfrentam-se na fronteira

Tropas sírias e jordanianas entraram em confronto durante a noite na fronteira entre os dois países, no momento em que os refugiados tentavam deixar o território da Síria, mas uma fonte da Jordânia disse, Sábado (11), que aparentemente não havia vítimas fatais no país.

Um activista da oposição síria disse ter visto veículos blindados na área de Tel Shihab-Turra, cerca de 80 quilómetros ao norte de Amã, depois de um grupo de refugiados sírios ter tentado cruzar a fronteira em direcção à Jordânia.

“O lado sírio disparou doutro lado da fronteira e o combate começou. Relatos iniciais indicam que não houve nenhum morto do lado jordaniano”, disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato.

“Os sírios dispararam para o lado jordaniano às 22h30 da Sxta-feira (10) em perseguição aos refugiados, e os jordanianos responderam. A luta intensificou-se e os veículos blindados jordanianos atingiram dois postos de guardas de fronteira sírios”, disse o activista, identificando-se apenas como Abaddlah.

“A luta foi intensa por uma hora e agora está intermitente”, disse ele. A fonte jordaniana afirmou: “O lado sírio disparou através da fronteira e os combates começaram. Relatos iniciais indicam que ninguém foi morto do lado jordaniano.”

Dezenas de milhares de sírios têm cruzado para a Jordânia desde o início do levante. A longa fronteira entre os dois países tem sido também uma rota de escape para os oponentes de Assad, incluindo o primeiro-ministro Riad Hijab, que desertou, esta semana.

Os países ocidentais e potências regionais temem que o conflito sírio espalhe-se por nações vizinhas. O levante iniciado há 17 meses na Síria se transformou numa guerra civil de viés sectário, na qual os rebeldes que tentam depor o presidente Bashar al-Assad são apoiados por países ocidentais e nações árabes muçulmanas sunitas.

Assad e o seu círculo de poder são da seita muçulmana alauíta, uma vertente do islamismo xiita, e têm o apoio do Irão, país maioritariamente xiita.

Aleppo

Na maior cidade e principal centro comercial da Síria, Aleppo, os rebeldes disseram que vão contra-atacar, depois de perder terreno depois dos pesados bombardeios das forças sírias.

Os moradores de Aleppo, que tem 2,5 milhões habitantes, têm deixado a cidade com carros superlotados. Os insurgentes foram empurrados para fora do bairro de Salaheddine, que dá acesso à parte central da cidade.

As forças de Assad conseguiram expulsar os rebeldes de Damasco, mas estão a ter dificuldades em avançar nos seus redutos em Aleppo.

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