Três crianças em 10 ainda não foram imunizadas em África, revelou o coordenador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Programa de Vacinação de Rotina e Novas Vacinas, Richard Mihigo, durante um dia de sensibilização dos jornalistas congoleses sobre a Semana Africana de Vacinação.
A Semana Africana de Vacinação (22-28 abril) visa vulgarizar as vantagens deste tratamento que permite reduzir consideravelmente a taxa de morbidez e de mortalidade.
Organizada conjuntamente pela OMS e pelo Governo congolês, esta sensibilização visa aumentar a cobertura vacinal e permitir, graças à imprensa, imunizar mais crianças, priorizando as zonas que são de difícil acesso.
Segundo Mihigo, graças a esta sensibilização, a OMS vai aumentar a cobertura vacinal e administrar outras intervenções tais como o suplemento em vitamina A, a desparasitagem e o acompanhamento do crescimento e a distribuição dos mosquiteiros impregnados de insecticidas, a fim de proteger a população contra as doenças potencialmente mortais como a gripe, a meningite e os cancros que ocorrem na idade adulta.
«O sucesso desta operação pode contribuir para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). A imunização começou nos anos 70 e 80, ela requer um importante investimento para todos os países. Ela não envolve apenas as crianças e as mulheres grávidas, mas também todas as camadas sociais. Este ano, cada país organiza atividades em função das condições locais», explicou.
Por outro lado, sobre a questão da vacina contra a sida, Mihigo exortou os jornalistas a protegerem-se, pois, explicou, a vacina que estava muito avançada no estádio 3, concebida na África do Sul, foi julgada menos eficaz e muitos esforços continuam a envidar-se para melhorar, sendo a sida hoje uma doença crónica.
A Semana Africana da Vacinação realiza-se sob o lema «Populações Imunizadas, Populações em Boa Saúde». A primeira Semana foi celebrada em Abril de 2011 e, na altura, 40 dos 46 países da região africana organizaram actividades incluindo a vacinação contra doenças evitáveis pela imunização, nomeadamente a poliomielite, a difteria, o tétano, a coqueluche, a hepatite B, as infecções a Hib, o sarampo e a febre amarela.