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“Chapas” paralisam actividades na Matola exigindo melhor estrada

Os operadores de transporte privado de passageiros, vulgo “chapa 100”, que utilizam a Avenida 04 de Outubro para entrar e sair das cidades da Matola e de Maputo, paralisaram as suas actividades, na manhã desta segunda-feira (17), em contestação dos buracos que se multiplicam naquele troço e exigem a reabilitação do mesmo com vista a evitar o agravamento dos problemas mecânicos das suas viaturas.

Os transportadores em alusão operam nas rotas T-3/Praça dos Combatentes, Cidade da Matola/1º de Maio, Singhathela/Matendene, Malhazine/Machava Socimol, dentre outras. A paralisação de actividades, que não é a primeira este ano em algumas rotas do município da Matola, visa pressionar a edilidade a reabilitar a via.

Por conseguinte, milhares de citadinos, acolhidos de surpresa pela situação, ficaram desnorteados e o grosso deles não pôde se deslocar para os seus postos de trabalho, escola, dentre outros destinos. Para além de não embarcarem passageiros, os “chapeiros” impediam a circulação de viaturas particulares e bloqueavam a estrada com recurso a seus carros, mormente nos sítios onde os barracos são fundos.

Em contacto com o @Verdade, Francisco Manjate, um dos transportadores da rota T3/Praça dos Combatentes, não escondeu o seu descontentamento em relação ao mau estado em que se encontra a Avenida 04 de Outubro e o que lhe inquieta são as promessas do município, segundo as quais a estrada será reabilitada mas isso nunca acontece. A degradação acentuou-se devido às chuvas que caíram na semana passada.

Ainda na manhã desta segunda-feira, os transportadores semicolectivos de passageiros que operam nas diversas rotas da Mozal também paralisaram as actividades pro causa das precárias condições das estradas. Os passageiros, cujo grosso eram estudantes e trabalhadores, foram igualmente surpreendidos.

Os mentores da interrupção foram cobradores, motoristas e fiscais da Associação de Transportadores de Maputo (ATROMAP), os quais bloquearam a estrada na zona próxima ao posto administrativo da Matola-Rio. Os operadores que não quiseram aderir à paralisação foram agredidos. Os autocarros da Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo (EMTPM) também foram bloqueados e os passageiros forçados a seguirem viagem a pé, por isso, alguns optaram por regressar às suas residências.

As carrinhas de caixa aberta, vulgos “My Love”, também foram impedidas de circular e a vida de centenas de pessoas transformou-se num martírio uma vez que foram coagidos a caminhar cerca de 10 quilómetros para chegarem a Matola-Rio, o ponto mais próximo onde se podia encontrar “chapas” para os diferentes destinos que não fossem Mozal ou de lá para o interior do município da Matola.

A Polícia simplesmente interveio para permitir que as outras viaturas – que não sejam “chapas 100” – pudessem circular sem nenhum obstáculo. Devido à pressão dos agentes da Lei e Ordem os “chapeiros” mudaram de lugar de concentração e amotinaram-se na paragem de Macuácua, a 100 metros do local inicial.

A estrada ora na origem da contestação foi “remendada” há menos de um ano, aquando da visita do Chefe do Estado, Armando Guebuza, ao posto administrativo de Matola-Rio no âmbito da Presidência Aberta. Aquela via é usada pelos transportadores que das rotas: Mozal/Baixa; Mozal/Museu; Mozal/Machava-Sede; Mozal/Patrice Lumumba e Mozal/Malhampsene.

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