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Trabalhadores da Vale Moçambique mantém greve por bónus cortados sem o seu acordo

Trabalhadores da Vale Moçambique mantém greve por bónus cortados sem o seu acordo

Foto do Zitamar NewsCentenas de trabalhadores da multinacional Vale, que voltou a obter lucros este ano com a subida do preço do carvão mineral que extrai em Tete, continuam em greve exigindo o pagamento de dois bónus que afirmam terem sido cortado sem o seu acordo há cerca de dois anos, quando a empresa acumulou prejuízos devido a queda dos preços do mineral nos mercados internacionais.

Os trabalhadores que iniciaram a greve, na passada sexta-feira(15) e culminou com o bloqueio do acesso a mina da multinacional brasileira em Moatize, existem o pagamento 14º salário e o subsídio de gratificação de permanência revogado em Julho de 2015, segundo a empresa “de comum acordo com os trabalhadores, representados pelo sindicato, no âmbito do acordo colectivo de trabalho”.

“Esclarecemos que não existe a previsão de qualquer pagamento referente a benefícios já revogados” refere um comunicado de imprensa da Vale Moçambique que informa ainda, “que este movimento é ilegal e orientamos aos nossos trabalhadores que voltem aos seus postos de trabalho, de forma a que este tipo de tema seja tratado nos fóruns competentes”.

Entretanto trabalhadores entrevistados pelo @Verdade contestam o corte dos bónus pois entendem que os mesmo aconteceram numa fase em que a empresa registou prejuízos e os mesmos foram negociados por cada um deles e não como um colectivo.

Cópia de contrato de trabalho obtido pela publicação especializada em economia Zitamar revela que faz do pacote de remuneração acordado entre a Vale Moçambique, S.A., cada um dos seus trabalhadores “bónus de natal; salario extra proporcional ao tempo de serviço; bónus de desempenho em função dos resultados operacionais da Vale Moçambique, S.A., e da sua performance individual; gratificação de permanência equivalente a um salario pago a partir do 13º mês de serviço efectivo e em cada seis meses subsequentes; alimentação; transporte colectivo garantido para ida ao serviço e regresso a casa; seguro de saúde para si e seus dependentes; e seguro de vida para si e seus dependentes”.

Fernando Raice, representante dos trabalhadores, afirmou ao Zitamar que o diferindo tem sido acompanhado pela direcção do trabalho de Tete que deu razão aos funcionários mas a Vale Moçambique recorreu da decisão à direcção do trabalho central, em Maputo.

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