Os trabalhadores da Companhia Açucareira do Búzi, na província de Sofala, estão em greve, desde terça-feira (28), como forma de persuadir o patronato a pagar os salários em atraso, referentes aos meses de Agosto passado e Setembro prestes a findar.
Trata-se de 134 operários, entre efectivos e sazonais, afectos aos campos de cana sacarina, na região de Manguena.
Eles, que exigem, igualmente, o pagamento do décimo terceiro salário de 2015, paralisaram as actividades de rega, sacha e corte de cana-de-açúcar para a fábrica de Mafambisse.
Alguns trabalhadores contaram ao @Verdade que estão deveras agastados com o que consideram de promessas falsas por parte da administração da Companhia do Búzi. Esta, de acordo com os nossos interlocutores, recusa-se a reajustar os ordenados da massa laboral.
Os operários sazonais disseram que aquando da celebração dos contractos, a 10 de Agosto último, a Companhia do Búzi garantiu que os seus salários seriam pagos pela Açucareira de Mafambisse, a qual não manifesta interesse para tal.
Entretanto, um dos gestores da Companhia do Búzi, identificado pelo nome de Nelson Matete, recusou pronunciar-se sobre o assunto, alegadamente porque não conhecia o nosso repórter. O visado encontrava-se na capital do país.
Por sua vez, o governo do distrito do Búzi, por intermédio do director distrital das Actividades Económicas, Miguel Rabeca, disse que não tinha conhecimento da referida greve, e remeteu-nos à direcção da empresa a que os trabalhadores estão afectos.
Um dos representantes da Companhia do Búzi confirmou, à nossa Reportagem, a paralisação de actividades por conta da greve e disse que decorrem negociações entre os operários e a direcção máxima da empresa no sentido de se resolver o diferendo, uma vez que a firma tem um compromisso com a Açucareira de Mafambisse.