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Trabalhadoras da Olam protestam contra cortes no salário

Cerca de 600 trabalhadoras da empresa de descasque de castanha de caju Olam Moçambique, na província de Nampula, norte de Moçambique, estão em greve protestando contra o alegado pagamento de salários que não contraria o preconizado no contrato.

O grupo tem vindo a manifestar-se defronte da sua empresa na cidade de Nampula, entoando cânticos com dizeres “Queremos o nosso dinheiro”.

Segundo alegam os manifestantes, os contratos firmados com o patronato indicam que elas teriam um ordenado mensal calculado em 1680 meticais, mas nos últimos meses tem vindo a registar-se cortes drásticas deste valor.

“Agora o patronato diz que devemos receber em função da quantidade de castanha que descascamos, mas não é isso que o contrato diz”, disse uma das manifestantes que aceitou falar a estação pública Televisão de Moçambique (TVM).

As autoridades provinciais do Trabalho e o patronato sentaram-se a mesa para resolver o problema, mas aparentemente ainda não há solução a vista. O patronato insiste que vai pagar as trabalhadoras em função do rendimento mensal de cada uma delas.

O patronato alega na sua pauta argumentativa alega o facto de existirem trabalhadoras que só vão à empresa para assinar o livro de ponto e não se dedicar afincadamente ao trabalho.

Entretanto, as trabalhadoras prometem não voltar ao trabalho enquanto não se honrar com o previsto no contrato. A massa laboral exige igualmente a melhoria das suas condições de trabalho, uma vez que as actuais são “precárias”.

“Não temos refeições condignas. Todos os dias comemos xima mal feita com feijão sem óleo nem outros ingredientes importantes”, indicam.

Por outro lado, as trabalhadoras da Olam dizem que o seu posto de trabalho não possui nenhuma casa de banho, sendo por isso que elas satisfazem as suas necessidades na linha-férrea ao ar livre o que além de ferir a postura urbana, constitui um perigo a saúde pública e ambiental.

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