O moçambicano Tomas Salomão, foi reconduzido hoje para um segundo mandato de quatro anos como secretárioexecutivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). A investidura de Salomão teve lugar no inicio da noite desta terça-feira, em Kinshasa, capital da Republica Democrática do Congo (DRC) que acolheu a 29ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC, na qual também participou o presidente moçambicano, Armando Guebuza.
Na mesma ocasião foi anunciado o angolano, João Caholo que vai ocupar o cargo de secretário executivo adjunto para a área de integração económica regional. Caholo ocupava anteriormente o cargo de secretário executivo adjunto da SADC. A recondução de Salomão já era algo previsível pois era o único candidato para a sua própria sucessão.
Durante a sua investidura e segurando uma Bíblia, Salomão prometeu dedicar todos os seus esforços e em conformidade com as suas aptidões no exercício do seu mandato. Enquanto isso, a AIM apurou que a Zâmbia vai acolher a próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC a ter lugar em 2010. Refira-se que na presente Cimeira, o estadista congolês Joseph Kabila, assumiu a presidência rotativa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Ainda nesta noite foi anunciado que a Namíbia passa a deter a vice-presidência da SADC. Enquanto isso, continua em aberto a vaga para o segundo secretário executivo adjunto da SADC para a área de programas e finanças, que surge na sequência da reestruturação em curso desta organização regional, que prevê a nomeação de mais dois secretários executivos adjuntos.
Numa entrevista recente, Salomão explicou que a reestruturação surge da necessidade de se imprimir uma maior dinâmica e eficiência na implementação dos projectos e programas da SADC. Esta proposta foi aprovada pela Cimeira da SADC de 2008, estando actualmente numa fase de implementação e culminou com a eleição de Caholo para a área de integração económica regional.
Actualmente a SADC integra 15 países membros incluindo, Moçambique, África do Sul, Angola, Botswana, Lesotho, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Namíbia, Republica Democrática do Congo (RDC), Suazilândia, Seicheles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe. Na segunda-feira, primeiro dia de trabalhos, Moçambique foi eleito para a presidência rotativa do “órgão de Politica, Defesa e Segurança da SADC.
A Troika integra para além de Moçambique a Zâmbia que ocupa a vicepresidência do órgão, mais a Swazilandia. No seu discurso, Guebuza, aceita esta nova responsabilidade e reconhece os desafios existentes tais como a busca de uma solução para a crise do Zimbabwe, e para a restauração da ordem constitucional no Madagáscar. A cimeira também saudou o antigo presidente moçambicano, Joaquim Chissano, pela sua mediação no conflito malgaxe.