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TM 470 das LAM despenhou-se devido a “clara intenção” do Comandante

Um ano depois da tragédia do voo TM 470 Moçambique continua sem saber o que realmente aconteceu

A Comissão de investigação do despenhamento do voo TM 470, das Linhas Aérea de Moçambique (LAM), concluiu, preliminarmente, que houve “clara intenção” do Comandante Hermínio dos Santos Fernandes em dirigir o Embraer 190 contra o solo no dia 29 de novembro causando a morte dos seus 33 ocupantes, três dos quais menores de idade.

Segundo o presidente do Conselho de Administração do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), João Abreu, o Comandante do voo TM 470, que fazia a ligação Maputo – Luanda, no passado dia 29 de novembro, encontrava-se sozinho no cockpit do avião e efectuou uma série de manobras que só podiam ter sido executadas por pessoa capaz e conhecedora dos sistemas de voo da aeronave conforme os dados gravados na caixa negra.

João Abreu, que falou em conferencia de imprensa neste sábado (21), em Maputo, acrescentou que se ouvem na gravação de voz, os diversos sinais de alerta que os sistemas emitiam e que foram ignorados pelo Comandante.

?João Abreu disse reiteradamente que a aeronave voava em condições normais sem nenhuma deficiência mecânica detectada.

Minutos antes do despenhamento, segundo Abreu, o co-piloto deixou o cockpit para os lavabos, tendo permanecido no cockpit apenas o comandante, na circunstância Hermínio dos Santos.

“A selectora de altitude foi manualmente actuada três vezes de 38 mil pés para uma altitude de 592 pés abaixo do nível do solo. ?A selectora de potência (autothrottle) foi manualmente accionada e as manetes de potência reduziram automaticamente para o regime de relanti (em idle). A selectora de velocidade foi manualmente accionada várias vezes até ao máximo previsto e permaneceu na velocidade máxima do limite de operação VMO?” acrescentou o PCA do IACM.

“Os parâmetros do manípulo dos freios aerodinâmicos indicam que foi accionado para abrir os painéis dos ?spoilers?, superfícies de resistência aerodinâmica, e mantiveram-se nesta posição até ao fim das gravações dos parâmetros, prova de que a manete foi manualmente comandada.”

“Ouvem-se também, insistentes batidas na porta do cockpit, batidas essas que também foram ignoradas pelo Comandante” disse o PCA do IACM, que faz parte da Comissão Inquérito que concluiu que “a razão para todas estas acções é desconhecida, e a investigação prossegue”.

Hermínio dos Santos Fernandes era um piloto experiênte, segundo as LAM, que “completou 9053 horas das quais 1395 como comandante de aeronaves” e havia revalidado a sua “licenca em 12 de Abril de 2012” e havia passado por uma “inspecção médica foi em 02 de Setembro de 2013.”

O Embraer das LAM desapareceu dos radares às 13h30 do dia 29 de Novembro, numa altura em que voava a uma altitude de 36.000 pés e despenhou-se na Namíbia, no Parque Nacional de Bwabwata, localizado numa estreita língua de terra entre Angola e o Botswana, conhecida como Faixa de Caprivi.

 

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