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Theresa May é a nova primeira-ministra do Reino Unido

A conservadora Theresa May tornou-se nesta quarta-feira a nova primeira-ministra do Reino Unido e a segunda mulher na história do país a ocupar o cargo, após aceitar o convite da rainha Elizabeth II para formar o governo britânico.

May teve uma audiência com a soberana no palácio de Buckingham pouco depois de David Cameron apresentar sua renúncia formal como chefe do Poder Executivo e tomará posse na residência oficial, no número 10 da Downing Street.

A primeira-ministra número 76 do Reino Unido começou imediatamente a formar o seu Executivo. Na sua primeira nomeação, indicou o ex-ministro do Exterior Philip Hammond como ministro das Finanças, em substituição a Goerge Osborne, que ocupava o cargo desde 2010.

Numa grande surpresa, May nomeou Johnson, um líder eurocéptico que até recentemente era visto como o seu principal rival para o cargo, como ministro das Relações Exteriores.

Outros activistas proeminentes da saída britânica da UE também foram recompensados. Um deles, David Davis, foi escolhido para o cargo agora criado de ministro para a Saída da União Europeia. Outro, Liam Fox, foi nomeado para dirigir um novo departamento de comércio internacional.

Embora tenha sido favorável à permanência do Reino Unido na Europa, May tem declarado insistentemente que “Brexit significa Brexit” e que não deve haver nenhuma tentativa de reverter o desfecho do referendo.

May, que era ministra do Interior, defendeu a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE) durante a campanha do referendo de 23 de Junho e agora tem a tarefa de elaborar o roteiro para as negociações com Bruxelas que estabelecerão os termos da ruptura com o bloco comunitário.

A nova chefe do governo, que foi ao palácio de Buckingham acompanhada pelo seu marido, Philip John May, antecipou que não tem intenção de activar, pelo menos até o final do ano, o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que inicia a contagem regressiva de dois anos para tornar efectiva a saída da UE.

A sucessora de Cameron descartou que tenha a intenção de convocar eleições gerais antes do término oficial do mandato, em 2020, apesar dos pedidos de partidos da oposição neste sentido. Além disso, May tem como tarefa fechar as feridas abertas dentro do Partido Conservador desde as primeiras discussões sobre o “Brexit”.

A nova chefe de Governo foi nomeada na segunda-feira como líder do partido depois da sua única concorrente no processo de votação interno, Andrea Leadsom, desistir de continuar na disputa. Essa decisão de Leadson permitiu a May assumir as rédeas do partido e do Governo sem necessidade de se submeter a eleições internas entre os 150 mil filiados do partido, como estava previsto.

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