O Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), alerta contra o perigo do distrito de Zumbo, na província de Tete, Centro-noroeste de Moçambique, vir a perder o contacto com o resto do país na sequência de inundações naquela zona do país.
O rio Zambeze está acima do nível de alerta no Zumbo, na fronteira com a Zâmbia e Zimbabwe, devido a água que flúi desde que a barragem de Kariba aumentou suas descargas para 4.300 metros cúbicos por segundo.
Neste momento, a albufeira de Cahora Bassa, já em Moçambique, está a receber muita água e as descargas da respectiva barragem rondam os 3.500 metros cúbicos por segundo.
De acordo com o porta-voz do CENOE, Belarmino Chivambo, o Zambeze está com relativa estabilidade, mas sublinha que com a continuação de chuvas nos países vizinhos a situação poderá complicar-se no centro do país, afectando mais o distrito de Zumbo.
“Nos últimos 4 dias registamos uma subida nos níveis hidrométricos do Rio Zambeze a montante de Cahora Bassa e pelo enchimento da albufeira houve necessidade de aumentar as descargas para 3.500 metros cúbicos/segundo.
Com as contribuições de Aruangua (1.500 metros cúbicos/segundo) perfazem cinco mil metros cúbicos que são amortizados pela albufeira a jusante” explicou, frisando que “a jusante ainda há estabilidade”.
Chivambo acrescentou que “a subida dos níveis na albufeira criam uma situação de enchentes que a continuar poderá obstruir vias de acesso em Zumbo, isolando este distrito do resto do país”.
Enquanto isso, no baixo Zambeze, o rio permanece acima do nível de alerta, concretamente nos distritos de Caia e Marromeu, na província central de Sofala.
O INGC adverte que o rio é susceptível de aumentar ainda mais os seus níveis hidrométricos devido à contribuição feita pelo principal afluente do Rio Zambeze, o Chire.
O INGC prevê, igualmente, uma estabilização ou ligeiro aumento dos níveis dos rios Púnguè e Save, em Sofala, enquanto que os rios Limpopo, Incomati e Maputo, já no Sul do pais, deverão permanecer acima do nível de alerta, mas com tendência a baixar. usada para a construção e reabilitação de estradas e nas oficinas da empresa.
Para além desta ilegalidade, a ‘Reliable’ Moçambique tem ainda uma dívida com a Águas de Moçambique de cerca de 400 mil meticais (12.3 mil dólares norteamericanos), valor que vem acumulando desde 2007.
Em face dos factos, a Águas de Moçambique interrompeu o fornecimento do precioso líquido à ‘Reliable’ Moçambique, devendo, ainda, pagar uma multa de pouco mais de 116 mil meticais (3.5 mil dólares norte-americanos). Uma acção judicial vai ser igualmente intentada contra aquela empresa.