O navio norte-americano retido em finais de Fevereiro no Porto do Lobito por ter sido encontrado com quatro contentores com munições não declarados, obteve já autorização do Governo para deixar Angola.
Fonte da embaixada norteamericana em Angola referiu que o navio, com os seus 23 tripulantes e a sua carga, incluindo os quatro contentores, foram autorizados a deixar o Porto Comercial do Lobito, na província de Benguela, às 11.00 da quinta-feira (12.00 de Maputo).
O navio da Maersk, registado com o nome Constellation, parte de Luanda com destino a Moçambique, prosseguindo viagem para o Ruanda, Tanzânia e, finalmente, para o Quénia, país onde deverá descarregar os quatro contentores com munições, já declarados pelo Governo queniano como sua pertença.
Durante mais de duas semanas, as autoridades angolanas e norte-americanas estiveram em negociações para a libertação do navio e dos seus 23 tripulantes, 20 norte-americanos e três polacos, uma vez que o Governo angolano exigiu uma maior clarificação das explicações apresentadas.
O encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Angola, David Brooks, na sua última deslocação à província de Benguela, na terçafeira, disse que estava já “na etapa final” a resolução deste assunto.
Na altura, David Brooks, que manteve um encontro com os ministros angolanos das Relações Exteriores, George Chicoty, e do Interior, Sebastião Martins, disse que as negociações estavam a decorrer “num ambiente positivo”.
O navio Constellation atracou no Porto Comercial do Lobito no passado dia 28 de Fevereiro, onde descarregou soja, uma doação da organização não governamental sulafricana Joint Aid Management, tendo as autoridades portuárias detectado a existência de quatro contentores, que não constavam do manifesto de carga. O referido navio era proveniente dos EUA e já tinha passado por Dacar, no Senegal.